Capítulo 24

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2 semanas depois...

Pov. Carol

Eu não sabia dizer o porquê, mas as crianças ficavam muito mais agitadas em dias de chuva. Talvez porque não podiam sair de casa ou coisa do tipo, eu não tinha ideia do motivo. Só sabia que eu e Day enlouquecíamos quando chovia por mais de três dias seguidos.

- Henrique, para quieto! - ouvi Dayane gritar do andar de cima.

- Não! - Heloísa começou a se debater no meu colo e eu bufei.

Eu estava tentando fazer nebulização nela. Como Heloísa tinha asma, eu costumava fazer quase todos os dias.

- Mamãe! - ela começou a chorar e desceu do meu colo.

- Desculpa! - Helena gritou depois de derrubar um copo de plástico no chão e eu choraminguei antes de levantar.

- Pega um pano para a mamãe secar isso aqui. - pedi pegando o copo no chão.

- Henrique Biazin Nunes! - Day gritou e do nada ouvi um barulho alto. - Puta que pariu.

- O que aconteceu? - perguntei caminhando até as escadas.

- Nada, mamãe. - Henrique respondeu e logo ouvi um gemido de dor vindo dele.

- Não mexe, deixa eu ver se machucou. - ouvi a voz da Day e subi as escadas correndo.

Entrei no meu quarto e uma das gavetas estava em cima de Henrique enquanto Day tentava levantar.

- Me ajuda aqui. - ela pediu levantando a gaveta e eu puxei Henrique. - Pronto. Não se mexe, ok?

- O que aconteceu? - perguntei preocupada.

- Eu estava pulando na cama daí eu desci e perdi o equibro, eu me segurei na gaveta e buuum! Ela caiu em cima de mim. - Henrique falou me fazendo cruzar os braços.

- É equilíbrio. - corrigi enquanto Day movimentava o pé dele com cuidado.

- Ai, mamãe. Assim dói. - ele gemeu de dor.

- Ótimo. Assim você aprende a parar de pular na cama. - falei saindo do quarto.

Abri o portão de segurança que tínhamos colocado de volta na escada já que Heloísa estava aprendendo a andar e desci as escadas para secar o chão da cozinha.

•◇•◇•◇•◇•◇•

Cheguei em casa cansada depois do trabalho e tranquei a porta antes de me aproximar da Day.

- Oi, amor. - sorri para ela que estava séria.

- Precisamos conversar, isso não tem dado certo. Eu realmente me esforcei e reconheço que tenha feito o mesmo, mas não podemos continuar nos enganando, Carol.

- O que você... - ela me interrompeu.

- Eu quero o divórcio. - ela foi direta e eu a olhei confusa.

- Mas nós estamos bem. Eu achei que estivéssemos bem. - falei decepcionada.

- Aconteceu muita merda nesses últimos meses, Carol. Não sou mais a mesma e você também não, acho que não somos mais a pessoa certa uma para a outra.

- Essa história de novo não, por favor. Nós temos quatro filhos, você não pode simplesmente me deixar. Eu sei que errei muito, mas estou tentando me redimir.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora