Capítulo 11

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Pov. Carol

Coloquei os gêmeos para dormir e sorri ao entrar no meu quarto. Day e Henrique estavam esparramados na cama. Dayane tinha passado o dia todo chorando e teve febre, mas parecia mais tranquila enquanto dormia.

- Boa noite, mamãe. - Henrique murmurou enquanto eu o levava até seu quarto.

- Boa noite, meu amor. - beijei sua testa e o deitei no colchão.

- A mamãe Day ainda está triste?

- Não. Você deu muito amor e carinho, então ela ficou muito feliz. - fiz cócegas nele que começou a rir.

- Ela vai ter que ir no hospital de novo? Você disse que ela está dodói.

- Eu não sei, mas acho que não. Volte a dormir que já está tarde. - cobri ele com a coberta e saí do quarto.

Entrei no quarto onde minha mulher ainda dormia e deitei ao seu lado. Ela não andava muito carinhosa nos últimos dias e se sentia irritada com mais facilidade. Eu entendia o lado dela, Day não podia ir até a empresa para trabalhar e não conseguia focar no trabalho em casa. Dayane estava sóbria fazia três dias, então ela sentia muita abstinência.

- Preciso que você tire, por favor. Eu esqueci. - ela murmurou me abraçando.

- Tire o quê? - perguntei fazendo um carinho no seu cabelo.

- Eu não consigo. - ela afundou o rosto no meu pescoço e começou a chorar.

- Ei, é só um pesadelo, relaxa. - falei segurando seu rosto e ela me olhou atordoada.

- Não, não é. - ela respondeu parecendo frustrada e puxou o próprio cabelo.

- Para. - pedi segurando suas mãos. - Vem cá. - a puxei para os meus braços e ela pareceu se acalmar um pouco.

Fiquei fazendo carinho nela até pegar no sono. Acordei horas depois, mas Day não estava ao meu lado.

- Merda. - murmurei levantando e entrei no banheiro, mas ela não estava lá.

Desci as escadas correndo e a encontrei no sofá com uma garrafa de vodka vazia. Ela me olhou, mas não esboçou nenhuma reação.

- O que estava comendo? - perguntei calma vendo que tinha um prato vazio em cima da mesinha de centro.

- Esquentei a lasanha do almoço. - ela falou me dando um olhar vago.

- Não deveria estar aqui sozinha. - me sentei ao seu lado e deixei a garrafa na mesinha de centro.

- Eu não estava sozinha. Vovó estava aqui comigo. - Day murmurou e eu mordi o lábio inferior.

- Onde você achou essa garrafa? - perguntei pegando a mesma e deixei na pia junto com o prato. - Joguei fora todas as bebidas que tinham no escritório.

- Eu tinha escondido na cozinha para você não ver. - deu de ombros.

- Era isso que você estava pedindo para eu tirar? - perguntei me aproximando e ela assentiu. - Tudo bem, vamos subir.

- Desculpa te decepcionar de novo.

- Você não me decepcionou, ok? - ajudei ela a levantar e caminhamos até a escada.

O psicólogo que estava acompanhando o caso dela me orientou a não brigar quando aquilo acontecesse. Day já se sentia mal o suficiente por beber, não precisava que eu ficasse brigando com ela.

- A vovó disse que estou te machucando muito ultimamente, eu sinto muito. - ela falou enquanto deitava na cama.

- Sua avó já morreu, Day. - murmurei e ela assentiu.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora