Capítulo 30

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Pov. Carol

Acordei com alguém me chacoalhando e abri os olhos assustada.

- Mamãe, tem alguém machucando a Heloísa! - Helena falou desesperada e eu franzi o cenho.

- Dayane. - chamei minha mulher e ela sentou na cama.

- Outro pesadelo, princesa? - Day perguntou coçando o olho.

- Não. A Heloísa está fazendo assim. - ela imitou uma respiração ofegante e eu levantei correndo.

- Ai! - ouvi a voz da Day e me virei para trás vendo que ela tinha caído no chão. - Vai lá. - ela levantou e acendeu a luz do corredor.

Entrei no quarto dos gemêos e acendi a luz. Peguei Heloísa no colo e me sentei na poltrona enquanto Day preparava a bombinha.

- Filha, pega uma toalhinha e molha com água, por favor? Tem que ser bem pouquinho. - pedi para Helena que saiu correndo. - Devagar, meu bem.

- Respira. - Day falou olhando para mim enquanto colocava a máscara no rosto da Heloísa. - Você está tão ofegante quanto ela.

- Você sabe que eu fico nervosa. - mordi o lábio aflita e ela apertou minha mão que estava tremendo.

- Pronto. Já passou. - Day falou para Heloísa que nos olhava sonolenta.

- Ponto! - ela falou deitando a cabeça no meu peito.

- Aqui, mamãe. - Helena me entregou um pano e eu limpei o rosto da minha pequena.

- Ei, querida, lembra que a mamãe falou que a Heloísa tem asma? - Day perguntou fazendo Helena assentir. - Essa é uma doença que deixa a Heloísa um pouco mais sensível, então ela respira diferente quando tem algo incomodando ela. Essas crises não costumam acontecer, mas você fez certo em nos chamar. Só não precisa se assustar, ela já está bem.

- Achei que era só um pesadelo, mas eu belisquei meu braço e doeu.

- Não precisa beliscar seu braço, ok? - fiz um carinho nela e levantei. - Vamos dormir lá no meu quarto.

- Oba! - ela correu até o meu quarto e se jogou na cama.

Deitei Heloísa ao lado da irmã e me cobri. Logo Dayane apareceu também e deitou na cama deixando as duas no nosso meio.

- Vocês são as mulheres da minha vida. - Day sussurrou e eu sorri para ela.

Os dias tinham sido um pouco complicados. Confesso que a culpa era minha, eu tinha me afastado involuntariamente e Day com certeza percebeu aquilo.

•◇•◇•◇•◇•◇•

Acordei com um barulho de porta e vi Day saindo do nosso quarto. Decidi levantar porque ela ainda tinha medo de ficar sozinha e também havia a possibilidade dela ter uma recaída.

- O que está fazendo? - perguntei baixo quando entrei no quarto de Helena e vi minha esposa com uma carteira na mão.

- Me certificando de que minha filha continue acreditando na fada do dente. - ela tirou uma nota de cinquenta reais da carteira.

- Cinquenta reais, Dayane!? - perguntei indignada.

- Você tem alguma nota menor? - ela perguntou arqueando a sobrancelha e eu neguei.

- Não tem moeda?

- Por que eu teria moeda? - ela me olhou confusa e eu dei de ombros.

- Sei lá. - ri. - Você não era a humilde aqui?

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora