Capítulo 8

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Alguns dias depois...

Pov. Day

Abri os olhos com dificuldade, eu conseguia ouvir vozes, mas não sabia de onde vinham. Tentei mover meus braços, mas eu não tinha forças.

- Mas ela vai ficar aqui para sempre? - ouvi a voz de Henrique e virei meu rosto para tentar acha-lo, mas minha visão estava embaçada.

- Claro que não, meu amor. O tio Calil deu um remédio para ela não sentir dor e ela dormiu bastante, mas assim que ela acordar nós já vamos saber quando ela vai poder sair daqui, ok? - Carol falou tentando ser cautelosa.

- Eu vou poder dormir aqui de novo? - meu pequeno perguntou sentando na maca onde eu estava deitada.

- Aqui não é lugar de criança, Henrique.

- Oi... - chamei com a voz fraca e os dois me olharam.

- Mamãe! - Henrique gritou pulando em cima de mim.

- Cuidado, Henrique! - Carol chamou sua atenção, mas eu não senti nenhuma dor.

- Desculpa, mamãe. Eu machuquei seu ombro? - meu pequeno perguntou arregalando os olhos e eu neguei.

- Não consigo mexer meus braços, estão dormentes. - falei movimentando minhas mãos devagar. - Pode me dar água? - pedi para a minha esposa que logo me ajudou a tomar um pouco de água.

- Consegue sentir? - Carol perguntou apertando meu braço e eu assenti. - Vou pedir uma cadeira de rodas para você poder se esticar um pouco, vai se sentir melhor depois disso.

- Mamãe, você está com dor? - Henrique perguntou ainda em cima de mim.

- Não, meu bem. O que está fazendo aqui, hein? - perguntei estranhando aquilo.

Carol sempre dizia que hospital não era lugar de criança e evitava levar as crianças mesmo que os irmãos estivessem internados, o que aconteceu algumas vezes nos primeiros cinco meses de vida dos gêmeos.

- Fiquei com febre e a mamãe me trouxe para dormir aqui com você. Ela disse que era febre de saudade. - ele falou fazendo um carinho no meu rosto e eu fechei os olhos. - Você vai dormir?

- Não. - abri os olhos e mexi minhas pernas. - A mamãe te contou o que aconteceu? - perguntei tentando descobrir o que Carol disse a ele. - Eu não lembro direito.

- Aham. Você foi salvar um gatinho que estava preso, mas ele se assustou e arranhou você. - ele falou olhando para o meu braço. - Ele fez você cair no chão e o seu ombro ficou dodói. - Henrique torceu a boca enquanto olhava para o meu ombro.

- É, agora eu lembrei. - falei rindo e Carol piscou para mim.

- Eu vou chamar a enfermeira. - Carol falou levantando a mão para apertar o botão, mas a impedi.

- Deixa eu ficar com ele um pouco. - sussurrei.

Eu já tinha entendido que toda vez que eu acordava, Carol chamava a enfermeira e logo eu dormia de novo. Eu não entendia o porquê daquilo, mas queria pelo menos passar um tempo com o meu filho depois daquele pesadelo todo.

- Ela não vai te medicar, relaxa. - Caroline falou apertando o botão.

- Eu queria apertar o botão. - Henrique falou descendo da maca quando a enfermeira chegou. - A minha mamãe já pode ir para casa brincar comigo? - ele perguntou ansioso.

- Ela vai fazer um raio x primeiro. - a enfermeira falou enquanto se aproximava. - Como se sente?

- Eu não sinto. - ri. - Não consigo me mexer direito.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora