Capítulo 34 - Último

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2 semanas depois...

Pov. Carol 

Deitei minha cabeça no ombro da Day enquanto ela observava o mar e fechei os olhos.

- Está esfriando. - murmurei.

- Vamos para casa? - Dayane perguntou com a voz rouca e eu sorri.

- Gosto do silêncio. Não temos isso em casa. - suspirei.

- O silêncio faz com que eu me sinta sozinha, então não gosto. - ela murmurou tirando sua jaqueta e me entregou. - Quer comer alguma coisa antes de irmos?

- Claro. - levantei animada e ela riu. - Quero hambúrguer.

- Eu iria sugerir isso, então tudo bem. - Day falou entrelaçando nossas mãos enquanto caminhávamos pela praia. - Ariane disse que você está tento alguns esquecimentos.

- Não foi nada sério. Ela exagera às vezes, por isso se dá bem com a Elana. - sorri fraco.

- Ela disse que você esqueceu de buscar as crianças na escola e não conseguia lembrar o endereço da casa dela.

- Não é todo dia que eu deixo ela em casa e eu não esqueci de buscar ninguém, só me atrasei. - bufei.

- Calil disse que é normal. Você anda estressada com a mudança, então fica meio perdida. Não minta para mim, ok?

- Achei que tinha me chamado para vir aqui porque queria minha companhia e não porque Ariane deu um de fofoqueira. - falei chateada.

- Ariane é nossa amiga, ela está preocupada e só queria ajudar. É claro que quero sua companhia, idiota. Eu gosto quando temos um tempo a sós porque isso acontece raramente e quando acontece aproveitamos para transar, não estou reclamando. - ela falou rindo. - Eu pensei que soubesse disso. É algo óbvio. Talvez eu seja um pouco ciumenta, mas eu gosto da ideia de não ter que te dividir com as crianças de vez em quando.

- Eu entendo. - ri. - Desculpa, é que ultimamente eu só quero evitar que você fique mal. Ainda mais por minha causa.

- Mas assim não vou poder te ajudar. - Day falou destrancando o carro e entramos no mesmo.

- Eu agradeço, mas não preciso de ajuda. Está tudo bem, ok? - beijei seu rosto e ela assentiu.

- Vou fingir que acredito.

Decidi acabar com aquele assunto e coloquei uma música para tocar. Day dirigiu em silêncio até a hambúrgueria mais próxima e eu me perguntei se ela estava chateada.

- Por aqui. - ouvi a voz da recepcionista e forcei um sorriso.

- Elana falou que tem um cara processando a empresa. - Day puxou assunto e eu ri.

- Entreguei um cheque com seis dígitos e ele desistiu na hora. Ele estava querendo manchar a imagem da empresa provavelmente a mando de alguma outra, não tenho tempo para isso.

- O jeito que você resolve as coisas apenas com dinheiro me impressiona. - ela falou negando com a cabeça.

- Foi isso que salvou sua vida e a ideia foi sua.

- Touché. - Day respondeu rindo. - Não falei como se fosse algo ruim. Isso é uma boa estratégia apesar de ser corrupta às vezes. Você também não fica muito para trás nos argumentos, eu sempre perco as discussões mesmo estando certa.

- Você é boa argumentando também. Só não é melhor que eu. - sorri.

Logo fizemos nossos pedidos e começamos a comer. Day pediu um prato enorme de batata frita e ficamos conversando enquanto comíamos.

Certa para você - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora