CAPÍTULO 44

193 22 57
                                    

POV Matthew 

— Pegue, tem algumas bolsas de sangue aí. — Jogo uma bolsa térmica pequena cheia de sangue no banco de trás, pois ele precisa se alimentar.

— Vamos voltar Matthew, podemos ajudar ela a fugir. — Ouço meu irmão falar e ele só pode estar ainda sob o efeito de algum feitiço.

— Já falamos sobre isso, aquela cretina não é problema nosso. Estamos chegando, a mamãe está mal. — Conto e sinto o cheiro de sangue se espalhar pelo carro enquanto ele começa a se alimentar. 

Edward não insiste mais nesse assunto e agradeço, nem passando pelo meu cadáver aquela vadia iria entrar no meu carro. Continuo dirigindo e avisto finalmente a entrada para a cidade, pego meu celular e disco o número de telefone do meu pai. Diogo atende no segundo toque e apenas avisei ele sobre o acordo para recuperar com vida o meu irmão. Conecto por via bluetooth meu celular no som do carro e logo a voz do meu pai ecoa pelo carro.

— Qual é a situação, Matthew?

— Estou chegando na cidade, a cretina cumpriu com o combinado… Edward está bem, só um pouco machucado. — Resumo a situação e ouço a voz da minha mãe.

Quem é Diogo? Acharam meu filho?

— Mamãe, estou trazendo meu irmão para casa… Conseguimos salvá-lo.

Matthew? Você está bem? Onde vocês estão?

Minha mãe perguntou chorosa e meu pai deve ter colocado a ligação no viva-voz.

— Estou bem, já estamos voltando. Calma, mãe. 

Meu irmão fala e minha mãe soluça, deve estar chorando outra vez.

— Venha o mais rápido possível, precisamos cuidar de você Edward.

Dessa vez meu pai fala e concordo encerrando a ligação. Edward permanece calado enquanto se alimenta e acho que não está afim de conversar agora, entendo a situação e não forço a barra. Cerca de quinze minutos, passo pela portaria do condomínio da mansão dos meus avós, Alexandre e Crystal, todos estão nos esperando ali para avaliar meu irmão. Mal estaciono o carro na garagem e vejo minha mãe se aproximar, ela abre a porta traseira e abraça meu irmão assim que ele tenta sair do carro.

— Por deus, filho… Nunca mais faça isso comigo, eu te proíbo. — Juliah diz procurando os machucados do meu irmão e saio do carro vendo meu pai se aproximar de mim.

— Você foi bastante corajoso, filho… Estou orgulhoso de você, Matthew. — Meu pai diz ao apoiar sua mão em meu ombro e sorrio.

— Faria qualquer coisa pela minha família. — Comento e ele maneia a cabeça em concordância.

— Diogo, ajude aqui! — Minha mãe pede para ajudar meu irmão a caminhar até o hall, precisamos examinar e tratar o Edw agora.

Poucas horas depois, meu irmão gêmeo está dormindo serenamente enquanto toma um soro na veia para que seu organismo se cure por dentro e que os malditos feitiços sejam quebrados, o dia já amanheceu e a notícia que o futuro líder foi localizado com vida já se espalhou pelo Clã. Estou sentado sobre o tapete da sala enquanto minha mãe acaricia com amor meus cabelos, Juliah está sentada em uma poltrona e estou encostado em suas pernas. Ambos estamos observando ele dormir e sei que me arrisquei muito, mas precisava salvar ele. Somos grudados desde sempre, onde um está o outro também está… Somos uma dupla imbatível nos negócios e na vida.

— Nunca mais faça um acordo assim, meu amor… Poderia ser uma armadilha, eu poderia perder vocês dois. — Minha mãe sussurra e sei que está muito preocupada.

OS HERDEIROS DO CLÃ ©Onde histórias criam vida. Descubra agora