CAPÍTULO 22

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Maratona 6/7

POV Edward

- Uma pena que você já tenha que ir Manuella, mas venha quando quiser. - Digo assim que saímos do restaurante, o segurança dela disse que houve um imprevisto e que seu avô precisava que ela voltasse para casa.

- Obrigada e tenham um ótimo dia. - Ela diz ao se despedir de nós e meu irmão observa ela. Esperamos ela entrar no carro e logo o mesmo some do nosso campo de visão.

- Então, como já combinamos mais cedo, daqui eu vou ter uma reunião com alguns fornecedores e vou passar em casa rápido... Até mais e juízo vocês dois. - Meu irmão fala e tenho vontade de revirar os olhos, vejo o manobrista chegar com o meu carro e abro a porta para a Victória entrar.

- Até mais. - Digo para ele antes de dar a volta em meu carro e entrar no mesmo. Coloco o cinto de segurança e dou uma gorjeta para o manobrista, dou partida no carro e saímos do estacionamento do restaurante.

- Por que a Manu tem aquele homem seguindo ela em todos os lugares? - Ouço a pergunta dela e é complicado isso.

- Manuella é neta de um grande empresário e sócio de uma das empresas da minha família, ele é protetor com ela e tem medo de um ataque por conta do seu estilo de vida. - Tento explicar de forma sutil.

- Às vezes isso pode ser um exagero e fazer mal a ela. - Victoria comenta e concordo.

- Meus pais e nós achamos o mesmo, por isso estamos querendo que ela se interesse pelos negócios, afinal ela vai assumir tudo em breve.

- Ela parece presa, não sei explicar.

- Ela foi criada com a proteção do seu avô além de ser tímida e recatada, isso talvez explica isso.

- Entendi, mas fico feliz que ela esteja começando com pequenos passos, é horrível viver presa por alguém. - Ela fala e olha para ela rapidamente.

- Já viveu isso? - Pergunto e se queremos um relacionamento precisamos de confiança e cumplicidade além de outras coisas.

- Meu pai demorou aceitar minha vinda para outro estado, para ele era melhor eu estar sempre lá.

- Acho que alguns esquecem que os filhos têm suas vidas, sonhos e objetivos próprios. Não é fácil lutar contra um destino já traçado e planejado pelos pais, mas admiro a coragem de quem luta por algo diferente. - Comento enquanto viro a esquina e fico pensativo. Talvez o Clã não seja algo para mim, talvez seja algo que meus pais quiserem para mim.

- Então se sente pressionado a algo que seus pais escolheram para você? - Sempre direta e reta.

- Não exatamente, adoro fazer o que faço. - Respondo e paro assim que o semáforo fecha e fica vermelho para os carros.

Olho para ela e a Victória tem sua atenção em mim, ela apenas me observa sem falar nada e quando o semáforo fica verde, continuo seguindo para a empresa. Passo pela portaria e rapidamente estaciono meu carro na vaga, saio do carro e ela faz o mesmo. Seguimos juntos em direção ao elevador e, em poucos minutos, estamos em nosso andar. Assim que chego perto da minha sala, vejo meu irmão Bryan caminhar até mim parecendo nervoso.

- Até que enfim, eu te liguei várias vezes. - Ele fala parecendo irritado e agora não.

- O que aconteceu?

- Algum filha da puta vazou o projeto de lançamento da Enterprise, você sabe que eles pediram sigilo até a inauguração... Porra, assinamos um contrato de confiabilidade por causa disso e eles estão querendo a multa. - Meu irmão explica rapidamente a situação e a minha conversa com a Victória vai ter que esperar, pelo menos algumas horas.

OS HERDEIROS DO CLÃ ©Onde histórias criam vida. Descubra agora