OS HERDEIROS DO CLÃ ©

CAPÍTULO 64

POV Matthew

Cinco anos depois…

Finalizo a elaboração de uma maquete de um projeto arquitetônico para um cliente. Em breve a reunião será realizada e conduzida por Edw e pela sua esposa. Observo as horas em meu relógio e sorrio sabendo que a qualquer momento minha esposa chegará na empresa. Adianto-me e organizo minhas coisas, desligo meu notebook e pego meu celular antes de sair fechando a porta. Está quase na hora do almoço e hoje trabalhei só meio período, pois tirei a tarde para aproveitar com a minha esposa.

É um pouco difícil achar uma brecha e conciliar um tempo livre em nossas agendas, pois minha esposa é bem dedicada ao trabalho e é uma excelente profissional. Manuella se formou com honras em medicina veterinária e, desde a metade do curso, atua na sua área. Ela é dona de uma clínica veterinária particular, mas possui também uma ONG onde realiza o atendimento e tratamento para animais gratuitamente junto com outros médicos. Nem preciso falar o quanto ela me orgulha por ser quem é, Manuella é bondosa e me apaixono cada vez mais por ela. 

Passo pela recepção e vejo meu irmão Edw conversando com Victória, caminho para perto dos dois e fico atento quando Annie corre em minha direção usando sua velocidade sobrenatural. Sou mais rápido em pegá-la, a pestinha tem a mania de assustar as pessoas e a vejo a Vicky caminhar em nossa direção brava. Meu irmão acha graça e a sua esposa olha feio para ele. É irmão, estamos os dois de coleira e as nossas mulheres são as nossas donas.

— Quantas vezes terei que repetir que não se pode correr desse jeito, Annie! 

Sorrio em cumplicidade com a garota, minha sobrinha completou cinco anos e é uma tremenda arteira. Ela veste um vestido bonito e está com os cabelos pretos trançados, Annie é uma garota bonita e inteligente. Com certeza, ela é uma mistura harmônica dos pais e a vejo sorrir para mim.

— Não tem ninguém aqui, mamãe. — Ela responde inocente e a pego no colo, por mais que esse andar da empresa seja privativo, não podemos usar nossa velocidade em locais públicos.

— Escute sua mãe, Annie. — Peço ao dar um peteleco na ponta do seu nariz. A garota fica brava, mas faço cócegas em sua barriga a fazendo rir logo em seguida.

Desvio minha atenção para as portas do elevador assim que o som de aviso ecoa pela recepção. Aproximo-me com minha sobrinha ainda em meu colo e ela aponta para a minha loira. Observo com atenção minha esposa sair do elevador e sorrir em minha direção, ela está linda vestida com uma calça jeans branca, uma blusa azul-claro e com o seu jaleco por cima.

— Boa tarde. — Ela nos cumprimenta e beijo rapidamente seus lábios ouvindo a garota em meu colo emitir um som de desagrado.

Sorrio ao deixar minha sobrinha no chão e ela segue em direção do pai, Edw e Victória acabaram de chegar do almoço e Annie não teve aula hoje, então eles a trouxeram para a empresa.

— Tudo bem, loira? — Pergunto e ela responde que sim.      — Bom, estamos indo. — Aviso para o meu irmão enquanto conduzo minha loira novamente para o elevador.

— Se divirtam e cuidado com o coração, hein Matt. — Vicky diz divertida e olho em confusão para ela, porém Manuella chama a minha atenção. Nos despedimos rapidamente e descemos para a garagem do prédio.

Meu carro está na oficina e a minha loira está sendo a minha motorista, entramos em seu carro e passaremos em casa para tomarmos um banho e saímos. Assistiremos um filme e queria ir em um restaurante, porém minha loira disse que prefere ficar em casa hoje. Pois, ainda está se recuperando de um mal-estar que sentiu hoje pela manhã, mas ela me garantiu que já está melhor e quer aproveitar nossa tarde juntos em nossa casa.