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A semana passou rápido que tanto Gregori quanto Hian nem se deram conta. Relembrando eventos do passado, Hian pôde comprovar que eles dois realmente tinham história para contar. Não daquelas que se ouve em roda de amigos ou em mesas de bar para encher a cara. Mas uma história de vida, duas.
Gregori havia se adaptado bem ao cargo que seu pai havia lhe dado. Aqui e ali Hian lhe auxiliava, ajudava a criar e enviar planilhas e relatórios. Joseph, pai de Gregori já não implicava em nada e muito menos estranhava o fato do filho ser gay. Gregori havia conquistado um lugar de responsabilidade na empresa e todos o respeitavam mesmo sabendo de sua sexualidade. Algo que o próprio Joseph fez questão de impor.

- Hian, vamos viajar?

- Para onde?

- Para o litoral - Gregori sentia falta do barulho das ondas e da calmaria que a brisa oceânica trazia. - A gente merece.

Hian parou o que estava fazendo e sorriu.

- Realmente. A gente pode aproveitar as férias e ir. Qualquer coisa podemos levar o notebook e caso seu pai necessite de alguma informação, basta apenas enviar. Pensando por esse lado, teremos tudo sob controle.

- Por isso que eu te amo - Gregori beijou sua bochecha. - Você é esperto e pensa rápido.

- Bobão - Hian sorriu novamente. - Só pensei na questão do trabalho. Por que é muita coisa para processar e resolver. Mas temos uma vantagem: as coisas estão adiantadas. A mercadoria que faltava nas duas filiais aqui no estado já foram entregues, os valores já foram acertados com os fornecedores.

Gregori sorriu e observou Hian fazer todas aquelas análises. Ele estava se saindo melhor que ele próprio.

- Por que você está rindo?

- É bonitinho ver você pensando e assimilando as coisas da empresa. Acho que você vai em breve tomar o meu lugar.

- Nem em sonho. Eu vejo o quanto você se desdobra para entregar os resultados. Eu apenas te ajudo e para mim está de bom tamanho.

- Hum... Meu auxiliar - Gregori deslizou o dedo pela boca de Hian e segurou seu queixo, trazendo-o para mais perto. - Sabe o que eu mais gosto nisso tudo?

- O quê?

- Que eu posso dar uns amassos gostosos nesse auxiliar.

- Que safado - Hian fez careta. - Isso dá cadeia, sabia?

- Tô disposto a correr o risco. Vale a pena ser preso.

- Idiota.

Hian o beijou.
Gregori era mesmo um perfeito idiota. Mas somente dele e daquilo ele não abria mão.

- Mas antes de a gente viajar, eu queria fazer um encontro de todos nós.

- Todos nós?

Hian estava confuso.

- Isso. Todo mundo. Seus pais, os meus, nossos amigos. Queria uma comemoração. Nada muito extravagante, mas só para deixar marcado e lembrarmos das pessoas que estão conosco e as que conquistamos.

- Hum... - Hian pensou e concordou com o que ele propunha. - Seria uma boa né? Eu topo.

- Beleza. Vou mandar mensagens para todos. Você manda para sua família vir e não aceitamos recusa de ninguém.

- Concordo.

Os dois trataram de comunicar aos que gostariam de ter a presença. Jordan e Valério confirmaram rapidamente. Susan e Andry disseram que estariam juntos nessa. Os pais de Gregori se sentiram honrados e viriam sem problema.

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