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Gregori partiu sem muitas despedidas. Ele não gostava daquilo e o fato de ele ir não significaria que nunca mais retornava. Por ora, seria melhor estar na capital.
Sua mãe o ajudou a levar a mala para o carro e disse que em breve o faria uma visita. Pelo menos até seu pai se acalmar mais.

Antes de ir, Deniel veio até ele acompanhado de Phillip e lhe deram adeus.

- Se cuida Gregori e boa sorte com Hian.

- Vocês também - ele abraçou cada um. - Cuidem um do outro. Se um dia quiserem passar uma temporada na capital, me liguem. Será um prazer recebê-los em meu apartamento.

- Opa - Phillip sorriu - avisaremos sem dúvida.

Gregori entrou no carro e deu partida. No automóvel apertou o play. Alanis Morissette começou a cantar e ele não pôde deixar de prestar atenção na letra.

"But we're never gonna survive unless...
We get a little crazy
No we're never gonna survive unless...
We are a little...
Crazy...
No no, never survive, unless we get a little... Bit."

Hian.
Seu pensamento estava focado em uma única pessoa.
Pegou o celular e viu se ele tinha enviado alguma mensagem.
Nada.
Ele estranhou. Esperava que Hian tivesse respondido, afinal ele estava realmente voltando. No mínimo estava chateado por ele ter ido embora sem ter avisado.

Seu celular tocou em suas mãos e um número estranho apareceu. Gregori pensou em não atender, mas clicou no verde, pôs no viva-voz e colocou o aparelho no mecanismo de apoio.

- Alô?!
- Oi, Gregori?
- Quem deseja?
- É a Susan.
- Susan? Como... Como conseguiu meu número?
- Não seja bobo, o Hian me forneceu.
- Claro. Desculpe.
- O que houve? Você sumiu do nada.
- É complicado - Gregori suspirou. - Eu precisei me ausentar por motivos necessários.
- Poxa, poderia ao menos ter dito ao pobre do Hian né?
- Eu sinto muito mas tive que fazer isso. Na hora certa você saberá.
- Hum...
- E ele, como está?
- Mal. O Hian jamais desistiu e ele todo instante ficava dizendo que você iria voltar. Mas ficou muito triste por você ter ido sem dizer nada.
- Eu imagino.
- A propósito, hoje eu e Andry vamos levá-lo a uma balada. Ele precisa sair um pouco.

Gregori pensou antes de responder e teve uma ideia.

- Uma balada ein? Me passa o endereço.
- Você vai?
- Me passe.
- Tá. Espera um pouco - Susan ficou em silêncio por alguns minutos. - Pronto, te enviei.
- Ah, sei onde fica.
- O que você vai aprontar?
- Leve o Hian mas não diga que nos falamos.
- Ai meu Deus. Tá bom.
- Até logo!
- Até.

Quando Susan desligou, Gregori pisou no acelerador. Precisava chegar cedo em casa e organizar seu plano.

- Aguarda só mais um pouco, meu Hian. Já já você estará em meus braços.

****

- Depois que sairmos da aula, vai para casa e se arruma - Susan falou para Hian.

- Você já falou isso - Hian revirou os olhos.

- Eu levo ele, afinal você demora pra se arrumar, donzela - Andry zoou o amigo.

- Seu rabo - Hian rebateu. - Me arrumo até que rápido. Não sei que invenção é essa de vocês quererem que eu saia também. Eu já falei que não estou no pique para festas.

- Você precisa ir hoje. Necessita!

Andry e Hian olharam ao mesmo tempo para Susan.

- E por quê exatamente eu necessitaria ir? Algum motivo específico?

Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora