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Gregori fitou o teto. Seu quarto já estava sendo iluminado pela luz do dia. Sentiu um peso no braço esquerdo, ao direcionar seu olhar, deu de cara com Hian ainda adormecido.
Ele dormia profundamente, o cabelo descia pelos olhos fechados e Gregori afastou.
Como pode ser tão lindo desse jeito? Gregori pensou, sorrindo em seguida. Aquilo era maravilhoso, acordar em pleno sábado e ao lado de quem ele amava.
Aos poucos ele foi retirando o braço tentando não acordar Hian. Quando enfim conseguiu, ele levantou e foi ao banheiro.
Assim que abriu a porta, reviveu toda a cena deles dois ali.
Ele sorriu novamente. Tinha um namorado incrível e aquilo o fazia sentir orgulho.
Depois de ter escovado os dentes e ter tomado um banho rápido, ele resolveu preparar o café da manhã.
Ao sair do banheiro, deu de cara com Hian, só de cueca, em pé  apoiado na entrada do quarto.

- Desculpe se te acordei - Gregori foi até ele e o abraçou. Hian colocou seus braços em volta dele e o apertou. - Bom dia.

- Bom dia - Hian respondeu escondendo o rosto no ombro dele e sentiu o cheiro de sabonete. - Você não me acordou.

- Dormiu bem?

- Bem até demais - Hian sorriu e o beijou.

- Eu também. Dormir ao seu lado é ótimo. Vou preparar o café.

- bom. Vou tomar um banho.

Enquanto Hian se banhava, Gregori pôs a água para ferver. Percebeu que no armário havia acabado os pães.

- Hian - ele bateu na porta do banheiro e a abriu. - Eu preciso comprar pães, você vai querer algo?

- Hmm... Não. Não precisa se incomodar.

- Tem certeza?

- Tenho sim.

- Ok então. Eu já volto.

- bom. Não demora.

- Pode deixar.

Gregori tornou a fechar a porta do banheiro, pegou a carteira, as chaves, deixou a água em fogo baixo e saiu.
O dia estava bem ensolarado e ele ficou aliviado por estar de shorts.
A padaria era próxima e ele não teve problemas ao se dirigir até lá. Comprou alguns pães, frios, ovos e leite.
Quando retornou, viu que uma mulher andava em sua direção. Ele forçou a visão e preferiu que não fosse real.
Ela vinha sorridente, com fones de ouvido e óculos escuros.

- Olá Greg - Ela retirou os fones. - Que saudade de você.

- Oi Ming. Não esperava ver você cedo assim na rua.

- Faço caminhada todos os dias pelo calçadão.

- Entendo.

- Você nem me ligou, nem me mandou mensagem alguma mais... Está tudo bem?

- Hmm... Sim. Tudo ótimo.

- Quando vai me chamar para sairmos? Eu sinto sua falta.

- É que... Eu ando meio sem tempo - ok era mentira, mas ele precisava. - E outra que seria... Bom, seria meio estranho se nós dois saíssemos, não acha?

Ming sentiu-se desafiada. Sabia que era mentira uma parte do que ele havia falado.

- Estranho é você e aquele anormal.

- Desculpe?!

- Eu sei o que tá rolando entre você e aquele veado.

Gregori inflou de raiva. Odiava aqueles nomes perjorativos. Se Ming fosse homem, ele o teria socado.

- Ming, o que eu faço ou não da minha vida não diz respeito mais a você. Nós nos separamos há muito tempo, estou seguindo minha vida e recomendo que faça o mesmo.

Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora