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O lugar era realmente lindo.
Hian constatou quando desceram do ônibus. A professora indicou os locais onde poderiam montar as barracas. Gregori montou a sua ao lado de Hian. Ele dizia que  se algum animal se aproximasse, ele o protegeria. Andry rebateu e disse que ele mesmo protegeria Hian.

- Que saco, vocês dois! Eu sei me defender e não sou nenhuma criança - Hian já estava cansado de parecer indefeso. - Será que até para tomar banho, vocês irão brigar para ver quem ensaboará minhas costas?

- fora! - Andry respondeu sem nem pensar. - Não quero ver bolas além das minhas.

- Eu faço isso se você precisar - Gregori sorriu maliciosamente. - Irei adorar passar o sabonete pelo seu corpo.

- Pervertido - Andry resmungou.

- Eu ouvi.

- Gregori, para de falar bobagem e vem me ajudar a montar as barracas?! - Hian não estava conseguindo sozinho. - Segura aquela ponta lá.

Após alguns instantes, haviam quatro barracas montadas. Hian colocou suas coisas dentro de uma delas e deitou-se.

- O que está fazendo? - Gregori perguntou.

- Estou cansado da viagem. Vou tirar um cochilo.

- Nada disso. A gente vai dar uma volta e eu louco pra conhecer as cachoeiras. Além disso, a professora nos deu permissão para tomar banho de rio e tudo.

- Não faz isso comigo, eu estou com sono - Hian fez cara de choro e deitou a cabeça novamente. - Eu vou com você mas me deixa só tirar uma soneca?

- booooooom Hian. Você dormiu o caminho todo, não sei de onde vem esse sono todo.

- Ei, vocês não vão?

Andry apareceu de camiseta fina e de shorts. Ao lado dele estava Susan que trajava um shorts mais curto que o de Andry e uma blusa simples, além do chapéu. Ela estava com o celular registrando cada momento em fotografias. 

- Hian está cansado. Vai tirar um cochilo. Vão na frente, vou aguardar ele acordar. Encontramos vocês lá.

- Ok. Não demorem!

- Pode deixar.

Hian escutou quando Andry e Susan se distanciaram. Gregori voltou a atenção para o interior da barraca e Hian pediu que ele ficasse ali fazendo companhia por enquanto. Gregori deitou-se também mas não dormiu. Ao invés disso, apreciou Hian em seus detalhes enquanto ele dormia.
Seu cabelo pendia de um lado do rosto. Gregori analisou suas feições. Seu rosto era macio, os traços de sua boca lhe faziam sentir vontade de beijá-la.
Com delicadeza, ele retirou a mecha do rosto de Hian e acariciou sua face, fazendo-o sorrir.

- Gosto de receber seus carinhos.

- Você é tão lindo, sabia?

- Você tambem é - Hian respondeu corando um pouco.

- Mas você me supera. Me sinto tão feliz por estar aqui, assim com você. Queria que isso durasse muito tempo.

Gregori falara com soslaio e embora não quisesse demonstrar, Hian percebeu.

- O que quer dizer? - Hian abriu os olhos e o fitou.

- Nada, é claro. É só que... Eu tô amando tudo isso que estou vivendo com você, tudo. Só não quero que acabe.

- Depende de nós dois fazer com que dure muito tempo. Você gosta de mim, eu gosto de você... Tudo está ao nosso favor.

- Você tem razão. 

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