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Voltemos a realidade de Hian

Com a ausência de Gregori, Hian começou a se sentir realmente sozinho. Ming já não o atormentava mais e ele acreditava mesmo que Gregori a tinha deixado.

- Nenhuma mensagem - ele comentou consigo mesmo. - Nenhuma, todos estes dias.

- falando sozinho agora, Hian? - Andry perguntou olhando pelo retrovisor.

- Não é nada - Hian olhou pelo vidro da janela do carro enquanto seguiam para o Campus. - Eu só... com saudade.

- O quê? Fala mais alto.

- NADA!

Hian sabia que se falasse aquilo mais alto, o amigo iria surtar. Gregori tinha se distanciado e Andry estava quase certo de que ele realmente havia deixado a cidade, deixado o Campus e Hian principalmente. Ele já começava a incentivar Hian a seguir a vida sem se preocupar com ele. Apenas Susan ainda insistia. Dizia que Gregori voltaria. Hian ainda se apegava àquele resquício de esperança, de que Gregori retornaria para ele, para seus braços.
Ele só não sabia quando.

- Vamos sair para beber hoje?

- Andry, ainda é quinta - Susan arqueou uma sobrancelha.

- E daí? Não tem dia certo para beber. E se por acaso você ficar alterada, pode dormir na minha casa - Andry piscou o olho e fez cara de safado.

- Idiota - ela sorriu. Gostava quando ele a provocava. - Vou pensar no seu caso.

- E aí Hian, quer ir a algum lugar hoje à noite?

Hian não havia prestado atenção. Estava apreensivo, seu coração apertado e uma saudade imensa do namorado.

- Alô?! Terra chamando!

- An, oi?

- Você estava longe ein? Sai do conto de fadas, ô Bela Adormecida.

- Desculpe - ele sorriu com soslaio. - O que você havia falado?

- Para irmos mais tarde a algum lugar para bebermos. O que acha?

- Em plena quinta? Tem certeza?

- Você e Susan são uns conspiradores - Andry fez careta. - Não existe dia específico para beber. E aí, topa?

- Ah, vamos. Susan, você vai?

- Vou sim, afinal faz tempo que não saímos juntos não é?

- Verdade.

- E Você precisando sair, Hian - Andry o analisou. - Você tem estado muito triste e sentimental ultimamente. Precisa encher a cara.

- Nossa, falou o alcoólatra - Hian desdenhou. - Eu só... Sinto saudade do Gregori.

- Tava demorando - Andry fechou a cara. - Sabia que tinha algo a ver com aquele idiota.

- Andry! - Susan o repreendeu. - Menos, ?

- O quê? E não é verdade? O cara do nada some, deixa Hian sem saber de nada, não manda notícias, não avisa pra onde foi.

- Acredito que ele tenha tido seus motivos - Hian preferia acreditar naquilo. - Conhecendo Gregori, não acho que ele iria sumir assim do nada sem ter um bom motivo. Ele não é de fazer essas coisas e outra que ele me mandou uma mensagem há alguns dias pedindo para que eu não desistisse.

- Oi? Que mensagem? Por que não falou nada para nós dois?

- Para que você não agisse como está agindo agora - Hian ficou sério. - Você só tem xingado ele ultimamente, acha que ele me abandonou, que ele é um idiota, que vai bater nele e bla bla bla. Isso cansa, Andry. E se for para você sempre repetir essas bobagens e nunca me apoiar, prefiro não falar nada.

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