𝐃𝐨𝐩𝐚𝐧𝐢𝐦𝐞 𝐇𝐢𝐠𝐡 - 𝐶. 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 | Hiatus E Reescrita

Twenty Seven

Três batidas silenciosas na porta do escritório de Carlisle foram ouvidas, fazendo com que olhos âmbar piscassem em sua direção. Carlisle poderia dizer quem era apenas pelo cheiro de gardênia e rosa flutuando pela porta, uma linda mistura de feminilidade floral. Ele estava na porta a qualquer momento, girando a maçaneta e segurando-a aberta para que Lorelai entrasse.

- A que devo o prazer? - Ele comentou com um sorriso suave.

Ele foi a única pessoa que fez Lorelai realmente sentir que sua presença era um prazer e as palavras não eram apenas trocadas como uma forma de saudação.

- Pergunta - Ela respondeu vagamente, um leve rubor rosado em suas bochechas - Isabella fez um comentário que trouxe algumas delas - Ela entrou, observando-o fechar a porta.

- Ahh... claro, sente-se - Ele acenou com a mão para os dois assentos de couro preto em sua mesa, ela se dobrou em um, cruzando as pernas.

- Ela pode ter... acidentalmente... revelado alguns... er... detalhes dos quais eu não sabia na época - Ela acrescentou.

Carlisle acenou com a cabeça, agora sentado à mesa, um tornozelo apoiado sobre um joelho enquanto seus dedos permaneceram entrelaçados, descansando em seu colo com o corpo reclinado para trás.

- O que exatamente ela iluminou que eu posso ter perdido? Ou talvez, apenas esquecido - Ele ergueu uma sobrancelha curiosa.

Lorelai pareceu refletir sobre suas palavras por um momento, não como se estivesse nervosa, mas sim, como se estivesse tentando formular como formular sua declaração.

Finalmente, ela pareceu encontrar algum tipo de maneira de abordar o assunto e olhou de volta para o rosto dele, os dedos dobrados em seu colo.

- Sexo. Como foi explicado de forma muito vaga para mim, ela e Edward estariam consumando? Eu estou perguntando-me, exatamente, com certas variáveis, é claro, se é uma ideia tão boa. Conhecendo minha sobrinha, ou melhor, conhecendo o caráter protetor de Edward em relação à minha sobrinha, duvido muito que tenha sido ideia dele. Como em, fazer sexo antes da transição dela, eles são ambos adolescentes, mesmo que um seja muito mais maduro.

Carlisle nem piscou com a franqueza dela, talvez devido à sua forma eloquente de dizer isso.

- Edward recentemente me abordou sobre isso. Eu vou te contar como eu disse a ele. Sendo que é uma experiência, tanto emocionalmente quanto fisicamente, e algo que ele nunca experimentou, ele terá que se preparar. Controle-se, se quiser, tenho fé em Edward, ele a machucaria e nunca a machucou, ele só precisa ser cauteloso. Pelo que entendi... - Os lábios de Carlisle se contraíram - Não é negociável.

- Hmm... - Lorelai revirou os olhos, pensativa - Ela não pode engravidar, pode? Quer dizer, você pode procriar? - Seus olhos piscaram de volta para ele, Carlisle balançou a cabeça.

- Nunca, em minha existência, eu ouvi falar de tal ocorrência, e como as mulheres não podem mais ovular, seria impossível para nossa espécie procriar.

- Inegociável... Preciso mencionar isso para ela. Fazer Isabella se contorcer se tornou uma obsessão para mim - Ela deu a Carlisle um sorriso fácil - Eu acho que isso é tudo que eu estava interessada em saber, agradeço por sentar e responder às minhas perguntas.

Carlisle acenou com a cabeça.

- Claro, mas eu realmente tenho uma pergunta minha - Ele admitiu.

Lorelai piscou surpresa.

- Oh? Por favor, diga - Ela se recostou na cadeira, balançando a perna de cima para frente e para trás suavemente, um tique humano.

- Você ainda quer que eu a acompanhe até o grupo de trabalho ou prefere ir sozinha?

Lorelai piscou e então ficou quieta por um longo tempo.

- Eu pensei que ainda iríamos juntos como planejado, mas se você tem planos mais importantes, dificilmente eu iria mante-lo longe deles - Ela murmurou, a decepção que Lorelai sentiu foi imensa.

Tão forte, na verdade, que se preocupava consigo mesma, com o propósito de saber que não devia querê-lo, não podia querê-lo e não podia tê-lo.

Lorelai era tão estereotipada para querer apenas o que ela não podia ter? Ser uma pessoa que tanto desprezou?

- Não, não tenho outros compromissos, só achei melhor verificar, com as coisas recentes, como você colocou, as variáveis adicionadas ao mix - Ele explicou.

Um sorriso se espalhou pelos lábios de Lorelai.

- Dr. Carlisle Cullen - Ela falou devagar, mas provocando, ele rolou o pescoço para olhar para ela de outro ângulo com um sorriso relutante de 'o que ela pretende' nos lábios - Você estava preocupado porque eu estava com medo de você? Que ideia boba, você é mais inofensivo do que uma mosca. Uma mosca, creio eu, pode pelo menos transmitir cólera.

Um som preso entre um som flagrante de descrença, uma risada e uma risada saiu de seus lábios de uma forma harmônica que fez o coração de Lorelai palpitar - metaforicamente, é claro.

- Ora, se tinha que haver um lobo grande e mau nesta equação, acho que pode ter realmente sido eu - Ela continuou, balançando a cabeça em desaprovação. Carlisle cantarolou.

- Oh sim, você é muito intimidante - Ele parecia divertido.

Lorelai descobriu que gostava mais disso do que quando ele era simpático e gentil, e isso dizia algo com sua absoluta adoração por tais qualidades.

- Claro que sou, sou uma mulher, devo ser assim - Ela repreendeu, então se levantou, apoiando as palmas das mãos na beirada da mesa, inclinou-se ligeiramente sobre ela e olhou para ele com um olhar que parecia ir zombadoramente feroz, embora seus lábios virados para cima e olhos brilhantes a denunciassem.

- Você deveria me ver com Charlie, isso o mandaria correndo para as colinas - Ela lançou-lhe um sorriso branco perolado, perdendo sua expressão feroz - Ou talvez quando eu estiver sem chá.
 
- Mm... é mesmo? - Ele ergueu uma sobrancelha, recostou-se no cabelo, as mãos cruzadas, as pernas cruzadas - Então talvez devêssemos proteger o querido chefe e garantir que você fique totalmente abastecido de chá.

Lorelai sorriu.

- Você vai escapar desta vez, mas só porque eu tenho papelada para preencher e pacientes no pronto-socorro para atender. Deseje tudo de bom para Diane.

Carlisle sorriu, não um pequeno também, mas um que mostrou a ponta de seus dentes cegamente brancos.

- Claro, por favor, vou acompanha-la até a saída - Ele se levantou da cadeira, pairando acima dela agora no lado oposto da mesa, e para tentar ganhar um pouco de altura, ela se endireitou.

Seu corpo bem tonificado e médio parecia quase pairar mesmo depois que ela ficou ereta, ele tinha que ter mais de um metro e oitenta. Carlisle a acompanhou até a porta, segurando-a aberta para que ela pudesse sair para o corredor.

- Agradeço novamente, por sua paciência comigo - Ela sorriu, mais suavemente agora.

- Foi um prazer.