Thirty Seven

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(Leia as notas da Autora no final, assunto importante)

A sala estava quieta e silenciosa, nenhum som quebrou o silêncio, nem uma respiração respirou calmamente. Charlie tinha sentado primeiro para baixo na sala de estar para construir algum tipo de tensão e incerteza nos chamados pretendente de Lorelai, apenas para perceber rapidamente que Carlisle foi um que parecia estar perfeitamente à vontade.

Lorelai queria desesperadamente sair de suas roupas e vestir algo mais confortável, talvez uma camisola ou uma camisa solta, mas seu medo do que Charlie diria em sua ausência a impedia de se mover um centímetro, deixando seus olhos tremulando nervosamente entre o cavalheiro.

- Você quer uma cerveja? - Charlie finalmente falou no silêncio constrangedor, e Carlisle respondeu suavemente.

- Não, obrigado. Eu não bebo - Ele sorriu um sorriso educado e genuíno e Charlie voltou a se sentar em silêncio.

Lorelai suspeitava que Carlisle sabia do desconforto na sala, mas estava dando a Charlie a chance de ser o homem da casa e agir de acordo. Afinal, Charlie tinha certeza de trazer à tona sua hesitação em aceitar o relacionamento dela e de Carlisle.

- Você poderia me pegar uma? - Charlie voltou sua atenção para Lorelai e ela afastou seus pensamentos.

- Me desculpe? - Ela estendeu o pescoço ligeiramente, como se o avisasse que ela não o tinha ouvido e agora estava ouvindo.

Ele coçou a nuca em sua mandíbula, sua sombra de cinco horas visível.

- Você poderia me pegar uma cerveja? - Ele reiterou.
 
Lorelai piscou, desta vez com espanto.

- Eu sinto muito? - Ela repetiu com ênfase, e Carlisle virou a cabeça para admirar a rigidez que brilhou por trás dos olhos de Lorelai. Ela obviamente o tinha ouvido desta vez.

- Vamos Lori, eu sei que você me ouviu dessa vez - Charlie esboçou um sorriso e Lorelai inclinou a cabeça ligeiramente.

- Eu acredito que você tem duas pernas. Essas duas pernas podem tropeçar seu caminho até a cozinha e uma de suas duas mãos pode pegar uma cerveja, que disseram para você cortar, preciso lembrá-lo? - Ela deu a sua expressão tímida um olhar penetrante e caiu para trás contra a almofada do sofá.

Charlie trouxe sua cadeira de balanço para a sala de estar desnecessariamente, como se fosse necessário que uma pessoa se sentasse em um móvel. Por que Lorelai precisava de um sofá inteiro para si mesma, ela não entendia. Carlisle, no entanto, parecia bastante estranho em suas roupas caras, com seu cabelo estilizado e traços esculpidos sentado em uma poltrona irregular que pertencerá à avó de Lorelai antes mesmo de Lorelai existir.

- Vê com o que eu lido? - Charlie suspirou, olhando para Carlisle.

Carlisle sorriu, mas não disse nada dessa vez, e Lorelai sabia que era porque Carlisle estava mais propenso a concordar consigo mesma do que com Charlie sobre o assunto.

- Tenho tentado fazer com que Charlie faça outro exame físico desde que o último foi interrompido. São necessárias muitas ameaças de morte para fazê-lo ir - Lorelai disse a Carlisle.

Carlisle olhou para Charlie e depois de volta para Lorelai, dando a ela um olhar divertido, mas depreciativo.

- Eu sei o que você está fazendo - Ele balançou a cabeça e se inclinou para trás, cruzando o tornozelo sobre o joelho - Eu não vou escolher lados.

- Como um profissional médico, acho que sua opinião significaria muito sobre o assunto - Ela insistiu, inclinando-se para frente para descansar os braços no topo das coxas, Carlisle apoiou o queixo na palma da mão, os dedos roçando os lábios para ajudar a reprimir outro sorriso.

𝐃𝐨𝐩𝐚𝐧𝐢𝐦𝐞 𝐇𝐢𝐠𝐡 - 𝐶. 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 | Hiatus E ReescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora