Lorelai estava cansada, mais do que cansada, ela estava exausta. Seu dia tinha sido frustrante, emocionante e então... bem, terminou com uma nota boa. Seus lábios formigaram com a lembrança, ela só queria ir para casa, depois de um longo dia de trabalho, tomar banho, ler um livro, talvez até só dormir, mas a vida não funcionava assim. No momento em que ela entrou no estacionamento, tropeçando de tontura e com o coração leve, ela deu de cara com seu carro, onde foi atingida diretamente por uma das enfermeiras mais jovens que pisou fundo no acelerador ao entrar no estacionamento ponto em frente ao de Lorelai.
Não teria sido tão ruim se essa garotinha não estivesse dirigindo um Ford vermelho gigante.
Lorelai queria ficar frustrada, brava, até gritar - honestamente, ela fez. Mas a menina era tão jovem, chorava tanto e se desculpava tão furtivamente por Lorelai não ter consciência disso. Então ela ficou lá e acenou com a cabeça silenciosamente, seu rosto cuidadosamente esvaziado de raiva, simpatia tingida em seu coração - junto com irritação. A garota acabou de tirar sua carteira de motorista. Quem se importava com o fato de ela ter vinte e um? Se ela acabou de entender, honestamente, não deveria ser algo tão grande.
- Uau... o que aconteceu aqui?
Theodore assobiou, saindo pela porta da frente, o paletó pendurado no ombro e a sacola na mão. Lorelai apenas piscou para ele e um momento depois a garota chorona começou a chorar novamente.
- Um acidente, Theodore. Já liguei para a delegacia, o delegado Mark está a caminho.
Ela o assegurou uniformemente. Theodore sorriu, lentamente dando alguns passos para trás, em direção ao prédio.
- Theodore, por favor, não faça disso um espetáculo...
- Eu tenho que dizer ao Cullen! - Ele exclamou, como a criança que ele estava agindo recentemente, e ele disparou para dentro do prédio. A garota gritou mais forte, mortificada.
- Por que você não... uh... entra e pega uma bebida? - Lorelai sugeriu, envolvendo um braço reconfortante em volta do ombro da garota - Vou mandar alguém buscar você quando o policial chegar.
A garota fungou, desculpou-se novamente enquanto enxugava o nariz ranhoso na manga e tropeçou - quase bêbada, mas Lorelai sabia que não era o caso - para dentro do prédio.
Outro minuto se passou antes que as portas da frente se abrissem e Lorelai avistasse um cabelo loiro platinado. Ainda um pouco bagunçada, Lorelai pensou rudemente, a satisfação presunçosa tomando conta dela. Ela descansou contra o lado não danificado do SUV, sua cabeça inclinou um sorriso relutante e sarcástico puxando seus lábios quando eles se olharam. Ela encolheu os ombros silenciosamente em reconhecimento e ele se aproximou até que suas mãos capturaram seu rosto.
- Você está bem? - Seus olhos piscaram em seu rosto com preocupação e ela hesitou, o movimento atrás dele a fez congelar.
Maggie, Judy e Theodore pararam ao sair com a preocupação flagrante e pouco profissional que Carlisle exibia, não importando o quão calmos seus maneirismos fossem.
- Estamos no trabalho - Ela sussurrou, seus olhos se afastando deles para se fixarem nos dele, sua voz saindo suave e fina.
Seus olhos continuaram a percorrê-la em busca de ferimentos e ela gentilmente pegou uma das mãos que segurava sua bochecha.
- Eu nem estava no carro. Theodore... tenho certeza, estava apenas tentando causar pânico. Ele tem estado assim recentemente - Ela o assegurou, sua voz suave.
Ela gostava disso, não apenas porque a lembrava de quão racional de um ser ela era capaz de ser, mas porque fazia seus músculos relaxarem visivelmente.
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𝐃𝐨𝐩𝐚𝐧𝐢𝐦𝐞 𝐇𝐢𝐠𝐡 - 𝐶. 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛 | Hiatus E Reescrita
Teen Fiction"Isso era o que realmente significava se apaixonar, seu cérebro drogado. Adrenalina e dopamina, oxitocina e serotonina. Insanidade química, celebrada por poetas." - Tess Gerritsen (Last to Die) Seu nome era Lorelai Swan, irmā do notório Chefe Swan e...