Esperança

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- Nunca achei que fosse - digo e ele vira o rosto para esconder a timidez.

- Escute, é possível que tenha como invocar o selador - ele diz sincero e começa a passar as páginas do livro - mas você terá que decifrar o que está escrito no restante das páginas - metade do livro estava em nossa língua e a outra tinham uns códigos que eu nunca tinha visto.

- Quem decifrou a primeira metade? - pergunto e ele baixa o olhar - O que foi? - pergunto.

- Nisso eu não posso ajudar - diz um pouco nervoso e eu não tava entendendo.

- Deidara, ei - chamo e ele ainda parecia nervoso e estava inquieto - Deidara porra - dei um cascudo em sua cabeça e ele me olhou bravo.

- Por que me bateu? HM - pergunta irritado.

- Você estava surtando, vai me dizer o que aconteceu? - pergunto com firmeza.

- Hmf eu te odeio - diz com cara de poucos amigos.

- Eu sei, agora diga - falo.

- Minha mãe - diz baixando o olhar.

- O que aconteceu? - pergunto e vejo dor em seus olhos.

- Desde que virei um ninja e principalmente depois que virei um renegado, ela nunca mais quis saber da minha existência então eu também não a procurei mais - diz pensativo.

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Flashback

Deidara

- ISSO É RIDÍCULO! ESSE NÃO É O PAPEL DA NOSSA FAMÍLIA - Ela gritava depois de saber que eu havia passado no exame e me tornado um ninja - LARGUE ESSE SONHO IDIOTA DE CRIANÇA! - a raiva mas principalmente a decepção estavam tomando conta de mim.

- Eu não vou fazer isso - digo friamente, sinto a palma de sua mão queimar minha bochecha direita.

- POIS ESQUEÇA QUE ALGUM DIA FOI MEU FILHO - Dizia apontando o dedo em meu rosto, aquelas palavras partiram profundamente meu coração da pior forma possível - ESCOLHA, TENHA UMA CASA E UMA MÃE OU
CONTINUE COM ESSE "SONHO" - Faz aspas com os dedos - E SE VIRE, POIS AQUI VOCÊ NÃO FICA - Suas palavras estavam carregadas de ódio, fiquei alguns segundos quieto.

- Adeus - digo me virando para ir em direção a porta, apenas com minhas roupas do corpo e a bandana que eu carregava nas mãos.

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- Sinto muito - digo com carinho.

- Eu jurei para mim mesmo que nunca mais voltaria - disse sincero e eu entendi, não podia pedir isso para ele sabendo o quanto o machucaria.

- Você já fez mais que o suficiente e muito obrigada por isso - digo e o puxo para um abraço o mesmo retribuiu.

- Tome - ele me entrega o pequeno livro, recebo com um sorriso.

- Obrigada - digo.

- Agora vamos - levantamos e pegamos nosso caminho de volta para o alojamento.

Depois de algumas horas andando finalmente chegamos, ao entrarmos na sala Itachi e Konan nos olhavam agora surpresos e ao mesmo tempo aliviados? Itachi em segundos já estava em minha frente me puxando para um abraço, como senti falta desse abraço... Ele segurou minhas bochechas e depositou vários beijinhos em meus lábios e eu sorri;

- cof cof! - uma tosse para lembrar que ainda haviam pessoas ali com a gente.

- Eu estava preocupado - diz, seus olhos brilhavam de alivio.

- Estou bem, ou melhor, estamos bem - digo sorrindo e ele balança a cabeça como entendido.

- Porque estão todos de preto? - pergunta Deidara e eu levanto uma sobrancelha.

Por trás da escuridão - Itachi Uchiha Onde histórias criam vida. Descubra agora