Reminescência

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E de nada em meio à terra arrasada,
Bastou que não se destruísse,
Um pequeno pedaço do que já foi graça,
Quase invisível na terra triste.

Arrastada por passos sem rumo,
Camuflada como se não quisesse,
Faltava lhe insumo,
Faltava quem a apetece.

De piedosas lágrimas viria,
Fertilizar o cativo da esperança,
Que agora pouco se via,
Já foi outrora abastança.

Pequeno pedaço que afago incidia,
E da semente o fogo irradia,
Arrancava do solo a monotonia,
E de pouco em pouco a semente se cria.

Agora com o broto a terra sorria,
Ainda arrasada mas que pouco sofria,
Com as gotas de lágrimas o solo esfria,
E do desespero do nada vinha maresia.

Reminiscência,
Não ideal na essência,
De mim o platônico dispensa,
E que não é carência,
Mas algo antigo, efervescência.

Poesias da minha essênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora