Opaco Bardo

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Ao longe batia o vento,
No gentil musicista sedento.

As cordas soavam sem compromisso,
Soturno batia em si o seu próprio mortiço,
Sem controlar sua melodia, remisso,
Havia do malogro sido submisso.

Os olhos fechados escondiam o dissabor,
Da pobre alma ouvia retumbante o estridor,
Deixando que percorresse o rumor,
Era ele para ele pecador.

Ao longe corria o rio,
No desalento musicista frio.

As condições denotavam impotência,
Colocando sua mente em abstinência,
De se lembrar da vivência,
Da efervescência.

Os pensamentos destruidores amargos,
Soaram como indesejáveis letargos,
Pularam do rio os argos,
Em desencargo.

Ao longe o sol brilhava,
No apático musicista se atracava.

E dos olhos tiraram a visão o desencanto,
Desvinculou o amor que tinha sacrossanto,
Preso no ludíbrio do pranto,
Jovem quebranto.

No entanto,
Teria em algum momento um espanto,
De ver que no seu doce canto,
Atrairá mais gente, portanto,
Poderia lembrar do que um dia foi um tanto.

Poesias da minha essênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora