No soar cômico da buzina vem o colorido
Todo enfeitado e alegre
Exarcebo infido coberto da doce expressão aliciante,
Que deságua em movimentos ávidos
E cativa os olhos de quem ao vazio peso se prosta a fidelidade.Os sorrisos estão no carro a sua feitura,
De lá saem a dar-se meiguice nos olhos dos quais rondam o sórdido
A seguir em fileira uma linha interminável
Tais palhaços de requintado sorriso branco.Quiça! As risadas cessassem
Para a sala captar no silêncio que sufocado se esconde atrás da tinta,
De forma que não haja flor de plástico que salve
O esguicho do pesar sobre os ombros dos cegos.Riso falso esbanjando ternura ao público,
A fim de junto de seus iguais emitir-se a rançosa expressão da avareza
Onde esforço sujo escorre ao trabalho e decide por lá ficar,
Enquanto o circo planeja o próximo show.Seria trágico se a catarata se curasse
De modo a deixar que se veja o vermelho explícito,
Do qual se esconde as manchas por debaixo dos trajes vivaz
Ocultos cúmplices do tingir pestilento para dentro das limitações.Se faça pelo menos aos olhos justos,
Agraciados pela percepção da nitidez,
A capacidade de agir de forma contrária a este circo pérfido
Onde apenas haja a ação predisposta.Quiça um dia as palavras cheias estufem os lazarentos
E de fato pare de vez o show de horror
Onde quem gargalha são os verdadeiros palhaços
Cultivando a própria dor.
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Poesias da minha essência
PoetryLivro de expressões, dizeres e sensações. Declamação poética de um simples pensador. Um jovem rapaz, um leigo cidadão. Uma alma livre a sangrar sobre o papel seu coração.