Aviso: Hedonia não é uma palavra da gramática portuguesa e nessa poesia é propositalmente a junção de hedonismo e agonia.
Já disse milhares de vezes
O engodo soturno que tenho
Tentei deixá-lo várias vezes
Mas sempre quis sentir algo.Sabotei-me com maldade
Tanta que mal consegui aguentar
Agora ela me assombra
Aquela que eu sempre tive de amar.Sem ela eu não sou nada
Com ela eu entro em demasia
De qualquer maneira serei infeliz
Mas na verdade é alegria.Sou masoquista, de fato,
Encontro paz na agonia,
As vezes temo tudo isso
Uma psicose eu teria?Já vi o lado mais perverso,
E nem sequer quis parar
Eu continuei a ver por anos
Até a sanidade acabar.Eu era apenas uma criança
E deixei de me animar
Passei a ver toda a vida
Com uma crueldade de matar.Sempre tive medo,
Não é que seja psicótico
É que temo meu psicológico
Não sei se vai durar.As vezes pareço ficar louco,
Mas sempre apeteci
E agora vivo com a morte
Ainda que ela não esteja nem perto.Apesar de respirar,
Estou sufocado
E passo o dia pensando nisso
Cobiçando esse estado.Hedonia me define
Não diria que me orgulho
Sempre tive ela comigo
Mas gostaria de não ser do barulho.
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Poesias da minha essência
PoesíaLivro de expressões, dizeres e sensações. Declamação poética de um simples pensador. Um jovem rapaz, um leigo cidadão. Uma alma livre a sangrar sobre o papel seu coração.