Poesias da minha essência

O Eu é meu a mim

Dessas metades insatisfeitas
Vem essas desfeitas
Que sem o tempo bem feitas
Tornam a vida rarefeita.

Virtuoso pelo seu inepto eu
Traz de si o revés
Em um debruçar de amargura
Envolto nas correntes de acervo.

Desses momentos de silêncio
Vem os ares tênsil
Que sem sustento, pênsil
Tornam difícil de mim o preênsil.

Vívido e cálido encantamento
Traz de si um desejo lento
Em um saltitar de confiança
A tocar na inválida lembrança.

Dessas noites iluminadas
Vem um céu de cor pintada
Que em um calhar de namorada
Torna o momento sua morada.

Calmo e satisfatório tormento
Traz de si escusa verdade
Em um pontear doloso
Mesmos que cínicos foscos escondam meus escusos rostos.

Dessas águas tão empáticas
Vem a mão estática
Em um consolo a problemática
Quando de lá vem minha extática.

Sonolentos passos no caminho
Traz de si tudo tido
Em um já repetido reafirmo
Tome para si meus carinhos
Da despedida desses vinhos.

Desses passos já cessantes
Que basta o uso de estimulantes
E desse vício fique distante
Deixe de mim ser minha voz palanque
Para que fale sempre retumbante.