A isto foi amarrado meu ser,
Designado a mim um alento,
Influenciado mundo meu querer,
Nessa inconsequência que me contento.Realidade que os olhos ainda podem ver,
Mas não se pode mais tocar,
Em um universo de viver,
Contudo nunca alcançar.Na veia corre o ceder,
Na goela bate o fervor da ânsia,
Talvez não aguente mais prender,
Virtual e real discrepância.De mim já vai esmaecer,
A mente que pouco se preserva,
Talvez eu vá enlouquecer,
Então que seja, enerva.Um dia talvez eu possa entender,
Quem sabe até sentir,
Esse peito que vá se doer,
De tanto se entupir.Resolveria então aprender,
E parar de dar de ombros,
E finalmente se entreter,
Pelo possível que resta nos escombros.Na mente bate a demasia efervescer,
A escorrer pela nuca,
Já se passou tempo demais para resolver,
Caiu enfim na arapuca.Seria de muitos então meu ser,
Ainda que não me queira,
Me amarrou sem nem mesmo me ver,
Somos todos vítimas da cegueira.A isto foi amarrado meu ter,
De tão restrito ser vasto,
Depois que mandar se fuder,
Todos virão pro meu pasto.
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Poesias da minha essência
PoesiaLivro de expressões, dizeres e sensações. Declamação poética de um simples pensador. Um jovem rapaz, um leigo cidadão. Uma alma livre a sangrar sobre o papel seu coração.