As vezes recorre em mim,
Um sórdido pensamento,
Talvez seja fruto
De um eu desalento.Seria então um desejo do ego,
Este desdém nítido,
Uma supervalorização que me entrego.Quiçá tanto ser visto,
Que seria satisfeito?
Se só depois da morte
Que mais injusto preito.Se for sempre microscópico,
De onde vem o fomento?
Basta vida fundada em ópio,
Oh pequeno desalento.Representa minha vontade,
Mundo líquido que tudo corre,
Negue do vazio a assiduidade,
Angústia responsável que um dia morre.Se viver é pelos olhos,
Porque então não vejo o que eles veem?
Evidente com limite, ou quem sabe sem?Homem nobre miserável,
Que belo termo te convém,
Arrogante e insuportável,
Reside menos valor que ninguém.Talvez haja uma resposta
Para essa incógnita pessoal
Incerta assertiva pressuposta
Anonimato.
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Poesias da minha essência
ŞiirLivro de expressões, dizeres e sensações. Declamação poética de um simples pensador. Um jovem rapaz, um leigo cidadão. Uma alma livre a sangrar sobre o papel seu coração.