No reflexo do pingo de tinta

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É o maior medo de todos os velhos,
Dar chance ao novo fluxo do rio,
Relembrar onde sempre esteve,
Quando sempre fantasiou com o passado.

Nem sempre é capaz de discernir,
Esses velhos vão além da aparência,
São os acovardados da modernidade.

Talvez eu esteja dissertando sobre mim,
Um jovem amargurado,
Um rabugento sobre o futuro
De fato estou...

Poderia me estender mais
Mas a que custo?
Se agora há um dilema,
Um bloqueio criativo.

Há de perceber essa instabilidade
Como se os versos fossem ondulações
Fracas e fortes em uma arritmia,
Parece que voltei ao meu passado.

Escrever é meu refúgio,
Meu mais íntimo declarar,
E tudo que posso fazer agora é expor
Expor-me.

Poesias da minha essênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora