Flama Avulso

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Triunfo incógnito que paira,
Finalmente deveria falar?
Os terrores de outrora vaiam
A comiseração teve seu chegar.

De tantas paixões frívolas já tidas,
À cá teve seu espairecer,
Viria então rimas pobre ávidas
À pouquidade enriquecer.

Tenro declamar cativado,
Acometem as nostalgias do querer,
De lembrar o coração dilacerado,
E da vontade de morrer.

Viria então a ontologia,
Teve de uma hora saber,
Que o ardor da chama irradia
Intangível gosto por você.

Mas não se engane com vocativos
Não veja aqui o que se vê,
Procure algo escondido
Talvez uma quebra no dizer.

Fascínio pela ausência,
Ausência física de manter,
Parei o furor platônico... inconstância
Inconstância nítida no sofrer.

Deveria ser eternidade,
Como no momento de escrever,
Mas talvez me traga adversidade
O efêmero prazer.

Correria enquanto posso,
Como se quisesse esconder,
Mas na verdade aproveito o osso
Que me deram pra roer.

Ainda no júbilo digo,
Mas é quase sem querer
Repeti a palavra afirmo,
Quase impossível de não fazer.

Quem sabe essa flama mude,
O discurso a percorrer,
Talvez a culpa se esvaia
E finalmente pare de rimar,
No infinitivo da palavra,
No coração da mágoa.

Poesias da minha essênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora