Epifania dos tolos

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Não sei ao certo aonde me encontro,
Entre estar aqui e além,
Resignado à condescendência,
Mas teimando na falsa eloquência.
Digo a mim mesmo que seria o certo,
Prender-me em ser incapaz,
E deixar você a mim ser capataz.

Ainda que corra vontade infida,
Acabaria sem sequer esbouçar,
Dite como bem quiser,
E seguirei ainda que a despedaçar.

No final do dia, euforia ansiosa
Com o estômago embrulhado,
Afogarei as borboletas sem hesitar.

Viria então o baque,
Estúpida epifania,
De se lembrar do óbvio,
E contestar o que já aceito não poderia.

Poesias da minha essênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora