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Capítulo 24

Quando chegamos á casa de Tom Riddle o meu pai olha-me e sussurra para que eu não diga nada que o envergonhe.

- Não me trates como se eu não soubesse o que estou a fazer. Não te esqueças que fui eu que pus o nome de Harry no cálice. – digo e caminho á sua frente

Tom Riddle já está sentado á mesa quando chegamos. Várias pessoas estão de pé na sala de jantar. De longe consigo ver Draco com o seu pai.

Tom Riddle olha-me e levanta-se. Caminha devagar até mim e sorri. Ninguém percebe muito bem o que ele está a fazer já que ele nunca sorri, mas o seu sorriso desfaz-se rapidamente. Pega-me no braço e puxa-me até uma sala de estar onde apenas a minha mãe se encontra. Atira-me para o sofá agressivamente e pega na sua varinha.

- Não sei se sabes, mas tens um dever para comigo. Não me escondes coisas! – grita

Olho-o nos olhos e ele desvia o olhar.

- Não vou deixar que uma pessoa me traía assim. – diz e caminha até a uma prateleira de livros.

Procura por um livro e tira-o da prateleira. Percorre as folhas até chegar a uma página. Começa a ler:

- "Durante muito tempo o mundo não conheceu o verdadeiro significado de amor, até os corações de fogo se apaixonarem. Não tinham problemas em expressar o seu amor, já que os seus corações estavam ligados. A mulher nunca duvidou do seu amor pelo seu parceiro, mas ele parecia querer mais. Queria poder. Sabia que com a sua amada nunca iria conquistar o mundo, então traiu-a. O poder dos dois era equilibrado, mas ele queria tudo para ele. Enquanto a mulher dormia, o homem matou-a a sangue-frio. O seu coração por um momento parou de bater com o sentimento de perda da sua amada, mas assim que os poderes dela passaram para ele, os seus sentimentos desapareceram. Deixou de se preocupar com o amor e passou a dominar o mundo."

Olho-o chocada. Não era possível ele saber. Não disse nada. Comecei a tremer de medo. Os meus olhos enchiam-se de lagrimas.

- Dá-me um motivo para eu não te matar agora. – Grita. – Um único motivo. Escondeste isto de mim! Planeavas o quê? Matar-me quando eu estivesse vulnerável? Nunca te fiz mal, nunca! Sempre tentei proteger-te de mim, esconder os meus sentimentos! Tudo para te proteger.

A minha mãe tenta interrompê-lo, mas ele apenas olha para ela e expulsa-a da sala.

- Se me matares o meu poder vai para uma pessoa que vai ficar forte o suficiente para dominar o mundo. Não acho que ganhasses alguma coisa com isso. – digo ao passar as mãos pelo cabelo como forma de me acalmar.

- Aí é que te enganas. O teu poder passaria todo para mim. Eu ia poder dominar o mundo. – diz e aproxima-se. – Achas que vou deixar escapar a oportunidade que está á minha frente? – pergunta e sorri.

Começo a chorar mais do que já estava a levanto-me.

- Estás com medo? Ainda não viste nada. Não te vou matar sem te fazer sofrer. – diz e aponta-me a sua varinha. – Cruciatus! – grita

Começo a gritar e a revirar-me no chão. Nunca senti uma dor tão forte na minha vida. Começo a sentir o meu corpo a queimar. Fogo começa a sair das minhas mãos o que significa que me estou a transformar.

- Por favor, para! – suplico a gritar.

Tom Riddle apenas sorri com o meu sofrimento. A dor que sinto começa a tornar-se em ódio e a maldição imperdoável que Tom Riddle me lançara para de fazer efeito. O meu corpo começa a flutuar e com a mente atiro Tom contra a estante de livros.

- Isso, deixa o teu poder soltar-se. – diz a levantar-se. – Juntos vamos dominar o mundo.

Quando o oiço dizer aquilo perco as forças e caio ao chão. Tom Riddle corre até mim e coloca-me deitada no sofá.

- Por hoje já chega. Obrigado por teres colocado o nome de Harry Potter no cálice de fogo. – diz e sai da sala trancando-a por fora. 

Ruin me - Tom Riddle e Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora