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Depois de contar ao meu pai sobre a profecia decidi que queria voltar a falar com o Draco

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Depois de contar ao meu pai sobre a profecia decidi que queria voltar a falar com o Draco. Não ia ser fácil porque ele estava demasiado chateado comigo pelo que eu fiz. Compreendo o seu lado. Ele sente-se traido por eu não lhe ter contado o que andava a fazer. 

Quando o vejo sentado com alguns alunos vou ter com ele, mas quando ele percebe levanta-se e sai. Chamo-o, mas ele não olha, então corro um pouco e agarro-lhe o braço. 

- Draco, podemos falar por favor? 

Ele solta-se e ignora-me. Continuo a andar atrás dele.

- Draco! Por favor ouve-me! 

Ele continua a ignorar-me então eu grito, já cansada da sua atitude. Ele olha para mim admirado e eu começo a tentar explicar-me. 

- Desculpa por não te ter contado. Eu juro que se dependesse de mim eu tinha-te dito, mas se eu te contasse estava a por em causa outras pessoas. 

- Então estás a dizer que eu não ia guardar segredo. - diz. - Tu não confias em mim! Depois de tudo que passamos juntos. Tu eras minha amiga, mas depois disto eu não posso confiar em ti. 

- Eu entendo, mas também tens que perceber que eu não podia... - ele corta-me 

- E achas que se fosse ao contrario eu não te contava? Eu nunca te conseguia esconder uma coisa destas! 

Não digo nada e olho para baixo. Não sei se ele percebeu, mas uma lagrima escorre pelo meu rosto. Não sei se alguma vez o vou voltar a ver, então saber que ele está chateado comigo é devastador. 

Passado algum tempo volto a olhar para ele e vejo que ele me olha preocupado. Limpa as minhas lagrimas e abraça-me. 

- Eu perdoo-te. - diz 

Aquelas duas palavras libertaram todo o stress e preocupação que eu tinha. Não queria ficar chateada com o meu melhor amigo sem poder fazer nada. 

- Nunca tive um amigo como tu. Vou sentir a tua falta. - digo baixo só para ele ouvir

Ele larga-me e olha-me confuso. 

- O que queres dizer com isso? Vais embora? - não respondo e entrego-lhe duas cartas

- Quando for o momento para abrires a carta vais saber. Peço-te que dês a de baixo ao Blaise e lhe digas que eu o amo muito. Acredita que noutras circunstâncias eu ficava, mas eu não posso. Ficar aqui punha em risco todos que amo e se para vos proteger eu tiver que desaparecer, então nunca mais me vêem. - digo 

Ele olha para mim admirado, mas percebendo do que eu estou a falar. 

- Promete que ficas em segurança. 

- Prometo. 

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Quando anoitece o meu pai está á minha espera na sua sala. 

- Arrumaste as tuas coisas? - pergunta 

Aceno que sim e ele abraça-me. 

- Quem me dera que tudo fosse diferente. Perdoa-me pelo mal que te causei. Se não fosse eu nada disto teria acontecido. 

Abraço-o. 

- Não tinhas como saber. Sempre me tentaste proteger de tudo. Incluindo a minha mãe. Tu foste o melhor pai que eu poderia ter. 

Sinto as lagrimas nos olhos, mas esfrego as mãos nos olhos para não chorar. Não queria parecer fraca num momento destes. 

- Já sabes para onde vais. Não podes mandar cartas a ninguém! - diz 

Enquanto o meu pai continuava a ditar regras eu acenava com a cabeça. Ele só quer que eu fique segura. 

Quando a meia-noite chegou pegei nas minhas malas e deixei a minha vida para trás.

Tudo que eu fiz foi pelo bem da minha familia, assim como pelo bem dos meus amigos. Já demasiada gente morreu. Não sei se seria capaz de ver mais alguém partir por minha causa.

Ruin me - Tom Riddle e Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora