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Capítulo 44

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Podia resumir as minhas ferias em dois paragrafos. Depois de tudo o que aconteceu durante o ano o meu pai decidiu que eu tinha que descansar, então fiquei proibida de ver ou falar com os meus amigos. Ainda não o perdoei, mas pelo menos durante esse tempo pude finalmente acabar a poção de Veritaserum. A Medusa conseguiu comunicar-se com um bruxo que me ajudou. Nunca fiquei a saber a identidade dele, mas também não me preocupei já que pelo menos tenho a poção pronta.

- Já tens tudo pronto?

Olho para quem entrou no meu quarto e guardo a poção no bolso do meu casaco.

- Sim pai, já vou descer. Dá-me cinco minutos.

Quando ele sai olho pela janela e vejo o meu reflexo. Durante as ferias perdi cerca de dez quilos. As olheiras debaixo dos meus olhos são nítidas e o cansaço também. Vou até á minha secretaria e abro a gaveta. De dentro tiro um corretor e rímel. Depois de passar um pouco de maquilhagem continuo a parecer um pouco cansada, mas não importa. Pego na minha mala e desço as escadas até á entrada. O meu pai espera-me e quando me vê pega na minha mala e apressa-me.

Quando chegamos á estação vejo que o Blaise e o Draco estão juntos então despeço-me do meu pai e vou ter com eles.

- Olá rapazes. – Abraço-os por trás

Os dois assustam-se e depois viram-se para me abraçar.

- Athena, pensei que tivesses evaporado. – Brinca o Draco

- Sim, depois de passar as ferias todas sem responder não me admiraria nada. – Continua o Blaise

- Eu não tive escolha! O meu pai obrigou-me a ficar em casa a descansar. A única pessoa com quem consegui falar foi um bruxo que ajudou a fazer isto. – Sorrio orgulhosa e mostro-lhes a garrafa com a poção de Veritaserum

Eles os dois olham-me sem entender nada.

- A poção de Veritaserum? Aquela que eu andei a tentar fazer o ano todo?

Eles continuam a olhar-me com cara de quem não se lembra.

- Vocês não se lembram mesmo? Que amigos. Aquela poção que quem bebe tem que contar todos os seus segredos.

Eles finalmente entendem.

Enquanto estávamos a conversar chegamos ao nosso lugar e sentamo-nos.

- Este ano preciso de descansar de toda a loucura. Não aguento se tiver que viver mais um ano cheio de mortes e problemas. – digo

- Eu também não. O problema é mesmo o Lord Voldemort. Sinto que este ano ele não nos vai deixar descansados.

O Draco ainda não tinha dito nada desde que tínhamos entrado no comboio. Estico a perna e dou-lhe um pontapé.

- Para que é que foi isso? – perguntou chateado.

- Estás tão calado. Estava a ver se ainda estavas vivo ou se tinhas morrido a olhar pela janela.

- Estava só a pensar em tudo que aconteceu no ano passado.

Todos ficamos em silencio durante mais algum tempo até que o Blaise decidiu falar.

- Ouviram as notícias? O Harry Potter fez magia fora da escola. Pelo que ouvi foi preso em Azkaban.

- Claro que não foi preso! – digo quase a gritar

- Calma, o Blaise não quis ofender. E obvio que ele não foi preso. O Dumbledore nunca permitiria uma coisa dessas. O Harry é o seu protegido.

Continuamos a conversar até ao comboio parar. Enquanto andávamos até Hogwarts o Draco não perdeu a oportunidade de provocar o Harry.

- Surpreende-me que o Ministério te deixe andar assim á solta. Aprecia enquanto podes. Azkaban tem uma cela reservada para ti.

Harry tenta ir para cima dele, mas o Ron agarra-o.

- Não era preciso seres assim. – sussurro-lhe

Ele ignora-me e continua a falar.

- Eu não vos disse? É louco varrido!

Olho para trás e vejo o Harry ainda a ser agarrado pelo Ron. Ele olha-me nos olhos e eu sorriso como forma de me desculpar pelo Draco.

Depois de estarmos longe o suficiente bato no braço do Draco e ele olha para mim zangado.

- Não precisavas de ter sido assim tão arrogante.

Ele revira os olhos.

- Desculpa se ofendi o teu namoradinho.

Reviro os olhos. 

Ruin me - Tom Riddle e Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora