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Capítulo 41

Uma semana depois a minha vida continua um caos. O Blaise nunca mais falou comigo, o Draco está sempre trancado no quarto dele e eu estou a sentir-me cada vez mais culpada.

A única pessoa com quem eu posso ter uma conversa seria é o Tom. Desde que ele me ajudou eu sinto-me em divida com ele, então decidi que devia contar-lhe sobre o cristal, mas ainda não tive coragem de o fazer. Tenho medo de que ele se vire contra mim.

A Medusa finalmente apareceu depois de tanto tempo desaparecida. Ela sabe o que aconteceu e tem-me ajudado a aceitar o facto de que a Pansy não ia voltar, mas não tem dado muitos resultados. Eu não consigo perdoar-me. Por vezes acredito que tudo não passou de um pesadelo e que a Pansy vai voltar a qualquer momento, mas quando a hora de dormir chega e ela não está no quarto percebo que tudo foi real e que eu realmente a matei.

Hoje é o dia da última prova do Torneio dos Três Feiticeiros. A escola toda está animada com a final. Os gritos e sorrisos podiam ser contagiantes se não fosse a tragedia que aconteceu na semana passada. O Blaise sentou-se o mais longe que podia de mim. Ainda o conseguia ver, mas mal. Por vezes os nossos olhares cruzavam-se, mas ele desviava. O Draco sentou-se ao meu lado. Consigo ver que ainda está triste, mas este evento pode ser bom para ele. Por vezes ele sorri. Não muito, mas sorri. Ele passou o braço pelo meu ombro e puxou-me para perto dele. Acho que ele sente o dever de me proteger e não deixar que nada de mal me aconteça. Claro que se ele soubesse do que eu fiz nunca me abraçava.

Quando os participantes do torneio entram no campo todos começam a gritar. O Draco aperta-me mais contra ele e eu encosto a cabeça no seu ombro.

- Há umas horas, o professor Moody colocou a taça dos três feiticeiros dentro do labirinto. Só ele sabe exatamente onde. – explica o Dumbledore. – Como o Sr. Diggory e o Sr. Potter estão empatados na primeira posição, serão os primeiros a entrar no labirinto, seguidos pelo Sr. Krum e depois pela Miss Delacour. O primeiro a tocar na taça será o vencedor.

O Dumbledore continua a explicar as regras do desafio e eu concentro-me no Draco. Qualquer um que olhe para ele percebe que ele está triste. O seu cabelo voa com o vento e os seus olhos azuis estão focados no céu cinzento. Quando ele percebe que estou a olhar para ele sorri e eu sorrio de volta.

- Estás bem? – pergunto

- Não. – responde. – Mas hei de ficar.

Eu sorrio triste por ele não estar bem e volto a concentrar-me no torneio. 

Quando os concorrentes entram dentro do labirinto as paredes de plantas fecham-se deixando-nos incapazes de ver. A minha cabeça começa a doer muito.

- Eu preciso de andar um pouco. Esta multidão está a deixar-me com calor. – digo ao Draco

Ele concorda com a cabeça e solta-me.

- Tem cuidado.

Quando chego á rua olho em volta e não vejo ninguém. Sento-me no chão, ponho a mão no bolso e tiro um cigarro. Desde que a Pansy morreu comecei a fumar para me acalmar. Sei que não o devia fazer, mas é a única coisa que me faz esquecer. Acendo-o e começo a fumar.

- Não sabia que agora fumavas.

Olho para trás e vejo o Blaise a aproximar-se de mim. Ele senta-se ao meu lado e estica a mão. Eu dou-lhe um cigarro e ele acende-o.

- Também não sabia que fumavas.

- Pois, parece que não nos conhecemos tão bem. Eu não sabia que tu fumavas. Tu não sabias que eu fumava. Eu não sabia que tu eras uma assassina. Tu não sabias que eu escondia informações sobre um crime.

Ele olha para mim e sorri.

- Estás bem? Depois de tudo que aconteceu. – pergunta

Eu não respondo e olho para o céu.

- Eu tenho sonhado sempre com o mesmo. Tu estás no quarto com a Pansy e ela começa a gritar contigo. Tu gritas de volta e quando ela te diz alguma coisa tu ficas irritada. Depois disso eu acordo sempre. O sonho nunca acaba.

Eu volto a olhar para ele e vejo que ele está a chorar.

- Eu juro que foi um acidente. Eu não a queria matar. Foi sem querer.

Eu e o Blaise viramo-nos para trás com o barulho de uma lata a ser pisada. Quando vejo quem é levanto-me.

- Tom. Não devias estar aqui. Se alguém te vê...

Sou interrompida por ele.

- Não temos muito tempo. Preciso da tua ajuda.

Eu olho para o Blaise e ele olha para mim. Ele não parece gostar da ideia.

- Desculpa, mas eu não posso. Eu não quero.

O Tom aproxima-se e agarra o meu braço.

- Tu deves-me um favor. Eu ajudei-te com a Pansy, tu ajudas-me com isto.

O Blaise põe-se á minha frente e empurra o Tom.

- Eu não quero saber se tu és o Lord Voldemort. Tu não voltas a tocar na Athena. – diz autoritário

Por momentos pensei que o Tom fosse fazer alguma coisa, mas não. Soltou o meu braço e foi embora.

- Vamos voltar. Não quero perder a final do torneio.

Ele agarra-me na mão e voltamos.



HOJE FAZEM DOIS MESES DESDE QUE COMECEI A ESCREVER ESTE LIVRO!!! VOU TENTAR ESCREVER MAIS UM CAPÍTULO:)

Ruin me - Tom Riddle e Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora