Kairos Máfia • ABO | Jikook

[03] O revólver

                     
Boa leitura!

Fascinante.

O que de início tomara um rumo de indiferença à petulância e a certeza de um cadáver, tornou-se algo totalmente distinto. Park não hesitava, muito menos demonstrava medo em meio à uma situação de vida ou morte, e isso foi o suficiente para deixar Jeon certo de que, o fato de ser um ômega não o impedia de ser audaz.

Jimin era fascinante.

Nunca viu um ômega como esse, capaz de, mesmo sabendo sua verdadeira identidade, enfrentá-lo face a face sem hesitar por um segundo sequer. Nem mesmo diante da morte.

Os olhar dele era puro escárnio, e ousou até mesmo sorrir.

Era isso que encantava Jeon. A determinação de alguém que não abandonava suas obstinações mesmo diante do perigo iminente. Pessoas corajosas, eloquentes, serelepes, pessoas como ele, pessoas como Park Jimin.

Embora tenha se atraído pelo ômega, era claro que o mafioso o provocaria um pouco mais.

- Você sabe quem sou eu, pequeno ômega. - falou baixo, sutilmente rouco, exibindo um sorriso ladino - Devia ter mais cuidado com sua vida. Ser menos petulante.

- Você não vai me matar. - Park respondeu indiferente - O chefe de uma máfia tão hábil como a Kairós não seria tão ingênuo.

De fato, ele não ia. Jungkook era parcimonioso, embora atroz em algumas situações, ele sabia exatamente como agir em cada momento.

Jeon riu soprado.

- Como tens tanta certeza?

- Que tipo de idiota mataria a única pessoa à descobrir a identidade de uma infame máfia, sem investigá-la antes?

Jimin revirou os olhos e sorriu, sendo atrevido como é, pousou a destra no rosto de Jeon e sentou-se nas pernas fartas do mesmo, com uma perna de cada lado.

O mafioso arqueou uma das sobrancelhas, cada vez mais inebriado com a audácia do ômega.

- Não se deve subestimar alguém como eu, querido. - pegou o cigarro entre os dedos de Jungkook e o pôs entre os lábios, permitindo-se à uma tragada. Em seguida, assoprou toda a fumaça na lateral do rosto alheio, tendo os olhos grandes e negros mirados em si a todo momento. Jimin inclinou-se até o ouvido do mais velho, ditando em baixo e provocante tom: - Se me matar, em menos de doze horas todos saberão quem é você, amorzinho.

Park falava com deboche, não evitando uma risada baixa, curta e psicopata.

Jeon tinha discernimento, e sabia muito bem que o ômega não estava blefando. Aquilo só aumentou sua atração por ele. Embora fosse uma situação que o colocava contra a parede.

O lúpus adorava disciplinar pessoas malcriadas.

- Mas não se preocupe com isso, senhor Jeon. - disse olhando-o nos olhos - eu não tenho intenções de te entregar. - segurou o queixo do maior e aproximou seu rosto, separados por um centímetro. - Eu só desejo uma coisa. E eu a terei, uh?

Ele riu soprado, lambendo os lábios e descendo o olhar para a boca de Jimin, mas logo o encarou de volta.

Jungkook daria prioridade a seus desejos carnais, Jimin era raro demais para ser descartado. Depois resolveria o problema, o matando ou recrutando-o para sua máfia. Mas agora, ele daria o que Park queria.

Não. Ele daria uma boa lição no ômega levado.

Jeon agarrou os fios negros do menor, apreciando o semblante masoquista do mesmo ao sentir a ardência na nuca. Aquilo era um motivo de excitação para ele, na verdade, para ambos. O mafioso adorava sentir-se no comando do corpo de alguém, e Jimin ser domado por alguém como ele.