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#AlfinhaSim
As narinas pequenas e sensíveis eram consumidas pela fumaça em um processo lento, Jimin abanou com a mão e logo se perdeu por mais instantes no ardente fogo que se propagava pelos móveis. Tudo diante de si queimava, e em pouco ouviu as vozes desesperadas. Ele correu. Correu do fogo, como se a qualquer instante as chamas tomassem uma forma humana e o abraçasse como um manto de julgamento genuíno.
As pernas curtas queriam falhar, e somado às lágrimas impertinentes durante aquela corrida dolorosa, enquanto pensava nas dezenas de pessoas que ficavam para trás, propensas à uma morte carbonizada, quase deixava seu corpo e alma queimar por sua empatia. Correu tanto que transpirou. A respiração frenética foi, talvez, o único abafador para os gritos de desespero, medo e incertezas.
Park levantou-se da cama voluntariamente, rápido e ofegante. Sentado sobre o colchão macio de um mafioso momentaneamente sonolento, estava suado. Deixou o ar sair da boca devagarinho e suavizou sua expressão angustiada. Seus sonhos nunca o abandonava, seja os de obstinações, quanto os traumáticos. Talvez nunca estivesse sozinho de fato, pois seus pesadelos eram pertinentes com demasia.
Tocou os pés no chão frio de uma madrugada glacial e olhou para trás, especificamente, para Jungkook. Ele ressonava com a tranquilidade da qual não tinha o costume. Era agradável vê-lo se entregar ao sono daquela forma.
04h06min da madrugada.
Ele saiu da cama cuidadosamente para não despertar o alfa. O corpo seminu fora coberto pelo mesmo robe que vestia horas antes. Depois de hesitar, se sentou na poltrona e levou a unha à boca.
04h10min.
Qualquer coisa a se pensar como substituição de um cômodo adornado pelas chamas, seria de bom tratamento calmante naquele momento. Não conseguia dormir depois de um pesadelo.
Revirou seus nervos à assuntos não tão importantes quanto a máfia e nem tão supérfluos, incapazes de distrair a sua mente aquecida. A perna direita pulava com movimentos pequenos, mas frenéticos, marcando a ansiedade de um ômega tomado pela insônia, ou talvez o medo de voltar a dormir e tudo voltar a lhe assustar como sempre acontecia quando não estava pensando em mais nada.
Jimin se permitiu fazer o que pouco fazia, de frequência insignificante. Talvez seu próprio pulmão se tornasse mais um de seus inimigos, mas por enquanto, ele teria que engolir um pouco de fumaça.
Ele tragou daquela substância prejudicativa, permitindo que sua vida fosse reduzida um pouco mais, por meros segundos de um cigarro. Mas isso não era realmente importante, não era dependente, e mesmo que fosse, sua vida já estava mesmo sujeita à redução de um único momento, um único propósito.
Ele encarou aquela droga enquanto expelia mais fumaça.
04h:37min.
Fitou o lúpus em meio à pouca luz da madrugada, que ainda permitia Jimin enxergar com clarividência a silhueta de um corpo enrolado em meio aos lençóis. A princípio, questionou-se silenciosamente o motivo pela qual ele tanto repugnava o elo. No entanto, ouvir a discussão entre ele o pai foi o suficiente para compreender e dar-lhe razão por seus pensamentos. Não o julgava.
O pai dele era, de fato, abominável. Um grande traficante de drogas intercontinental. Não duvidava de tais drogas chegarem nas Américas também, seja em escalas pequenas, ou elevadas. Não podia deixar aquele detalhe passar batido tão facilmente.
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Kairos Máfia • ABO | Jikook
Fiksi PenggemarPark Jimin viu as pessoas mais importantes de sua vida morrerem em sua frente quando era apenas um pequeno ômega indefeso. No entanto, ele cresceu e se tornou forte, sagaz e com uma inteligência superior aos dos mais gênios da Coréia do Sul. A obsti...