[14] Um brinde à festa.

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#AlfinhaSim

Onde se situa a fronteira abstrata da perfeição? Até onde o belo permanece belo?

Os mais delicados e exaltados traços, o acentuado decoro infido que transcendia a escala do que se consideraria aceitável, poderia se eleger no pódio de uma autêntica beleza, mesmo tendo sob si infinitas camadas de mentira e maquiavelismo?

A essência se perdia na concentração do ódio, mas não teve culpa, ela se esvaiu diante uma circunstância da qual não o entregou outra alternativa senão deixar de existir quem dentro dele vivia.

O semblante de Jimin era impassível diante o espelho. Se olhava e tentava se ver. Isso já era normal há tanto tempo.

Uma linda alma deplorável.

As chamas realmente não o queimaram? Sentia Park Hyeon tão vivo.

— Você está pronto? — Ouviu a voz de Jeon, pouco antes dele surgir atrás de si. No reflexo, vislumbrou Jimin e estabeleceu um contato visual.

— Estou.

O ômega guardou as mãos nos bolsos da calça vermelho vinho, cor essa também de sua camisa e terno. Seus fios escuros e alinhados permitiram que uma fina mecha escapasse em frente à testa, intencionalmente.

— Você está bonito.

Um arquear sútil cedeu os lábios volumosos, sem que os olhos deixasse de mirar o próprio reflexo, com Jungkook ao seu lado, elegante e belo.

— Você também.

Jungkook abaixou as pálpebras e olhou obliquamente para o ômega. Queria conversar sobre o que ele disse na madrugada, mas ele mesmo não sabia o que fazer com aquela informação, muito menos tinha garantia que Park falaria sobre.

Ele limpou a garganta e guardou tais pensamentos para uma outra hora.

— Está se sentindo bem? Não adiantará muito se você ter outra recaída.

Jimin virou-se para o lúpus e levantou a cabeça devido a proximidade.

— Eu estou bem. E você não vai sair do meu lado, não é? — Jimin mapeou os olhos alheio.

Jeon assentiu.

Jimin estava impecável. O terno cor de vinho lhe caía bem, e a calça justa marcava demasiadamente as coxas e o bumbum. Os sapatos eram pretos e altos, e a maquiagem no olho ressaltava a sensualidade que já tinha por natureza. Estava divinamente belo, e deixá-lo sozinho era o mesmo que assoprar um apito e sinalizar para os alfas desacompanhados se aproximarem dele. Ou até mesmo os casados. Jimin seria um ímã de olhares de alfas, igualmente como foi na Yonsei.

— Não vou sair da sua cola.

Jimin sorriu contido e se deslocou para longe do lúpus. Alcançou a maçaneta da porta e olhou para Jungkook.

— Vai ficar aí parado?

O criminoso suspirou suavemente e seguiu para fora do quarto. Ambos desceram as escadas e atravessaram a porta da frente, onde um dos carros luxuosos de Jeon já esperava por eles. Hans abriu a porta para Jimin e foi retribuído com um sorriso meigo do ômega.

Jungkook pegou a chave com seu motorista e entrou no automóvel. Então, o carro se locomoveu para longe da mansão e seguiu para a grande festa de Victor.

— Eu pedi para Vince um favor.

Jeon olhou de viés para Jimin.

Park tirou uma caixinha preta de veludo de dentro do terno. Jungkook a olhou e franziu as sobrancelhas. Jimin a guardou no porta-luvas.

Kairos Máfia • ABO  |  JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora