[13] O abscôndito

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#AlfinhaSim


— Bom dia.

Jungkook vislumbrou Jimin sem grandes esforços, com as pálpebras pesadas devido o recente despertar. Ele já estava em pé, terminando de vestir um moletom roxo com uma frase amarela de fonte moderadamente pequena.

O alfa esfregou os dígitos nos olhos e bocejou, simultaneamente, empurrando o lençol com os pés para se descobrir.

— Bom dia.

Jeon se sentou no colchão, com os pés para fora, e ficou por alguns segundos parado. Sua cabeça latejou, devido mais uma queda da cama naquela madrugada. Ele fez uma careta, mas Jimin não viu. A única visão que Park teve foi dos cabelos bagunçados do mafioso, das costas máscula, nua e marcada por traços de relevo do cobertor.

Jimin expeliu o ar em um suspiro e seguiu para o closet do mafioso, especificamente, para onde estava uma grande fortuna em forma de relógios.

Qual escolher?

Park dedilhou um dos acessórios e analisou cada característica do Rolex e suas particularidades. Era bonito, e certamente ficaria folgado, mas não era um problema. Seus olhos ousaram definir opções ao deslizar observadores em alguns outros, todavia, não mudou sua escolha primária.

O relógio foi retirado de seu lugar, especificamente, da décima terceira posição. Jimin pôs em seu pulso e observou como lhe caía bem, embora o tamanho da pulseira não fosse tão favorável.

Jimin palpitava cerca de vinte e quatro a trinta milhões de wons. Mais ou menos o que seria a mesada de um adolescente filho de alguém multimilionário como Jungkook.

Park engoliu em seco ao canalizar sua atenção enfaticamente no acessório, sendo tomado repentinamente por memórias da qual evitou ao longo da noite e fingiu indiferença a cada vez que dirigia o olhar ou a fala ao alfa. O toque foi suave quando resvalou os dígitos no relógio, deixando-se envolver pela lembrança das sensação da noite passada. Não era para ter gostado tanto de ser beijado daquela forma. Contudo, tentar contrariar seus desejos e pensamentos era impossível. Dizer que não gostou do beijo, que não gostou do toque, do calor e da forma como ele o deixou sem ar, era a mentira mais descabida que poderia tentar submeter-se.

Jimin desejou que as coisas não fossem como eram. Mas não tinha a capacidade de modificar sentimentos.

Um suspiro escapou dos lábios do ômega ao jogar os fios para trás e sair do closet. Jungkook não estava mais no quarto, e pela intensidade branda do frescor de rosas, também não estava no banheiro.

Jimin saiu do quarto e desceu as escadas para a sala, não precisando farejar para ser tomado imediatamente pelo cheiro de Jungkook vindo da cozinha. Ao adentrar o cômodo, encontrou ele sentado diante à mesa, esta que abrigava uma variedade de alimentos saudáveis e aparentemente deliciosos.

Jungkook mexia no celular, distraído, enquanto levava cubos de melão até a boca.

Jimin se sentou, seguido de uma suave tosse e um sorriso pequeno.

— Escolhi meu relógio. — Mostrou o ex acessório de Jeon a ele, sorrindo minucioso.

O mafioso olhou de soslaio e voltou a fitar o celular.

— Alguns eram mais caros. — Disse indiferente.

— Não importa, eu gostei desse. — Park respondeu de volta, pegando um pratinho e colocando diante de si. — Dormiu bem?

Jungkook desviou a atenção do celular novamente e mirou Park. Com um aceno único e fugaz, sorriu cerrado e confirmou:

— Dormi sim. — Tirando a parte em que você me derrubou da cama e eu não parei de pensar na gente. —  E você?

Kairos Máfia • ABO  |  JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora