[23] Uma vez no passado

86.4K 8.3K 35.5K
                                    

Oi, glr. Como estão? Sentiram saudade?😅

este capítulo é sobre o passado do Jimin. Leiam no tempo de vocês.

Não tenho indicação de música pra esse cap, mas podem colocar qualquer playlist triste que serve.

Votem e comentem bastante, por favorzinho.
Boa leitura!

#AlfinhaSim

O polegar macio acarinhou o pequeno rosto, traçando um caminho da testa pela têmpora, e por fim, pousando sobre a bochecha. A pele dele era frágil, como se ameaçasse quebrar se o tocasse com mais força. Os olhinhos curiosos capturavam cada parte do rosto da mulher, e quando ela sorriu, o bebê sorriu também.

O cheiro de gardênia penetrava as pequenas narinas. Ela murmurou uma canção sem abrir os lábios, a mesma que a criança tanto ouviu quando ainda estava dentro de seu ventre. Ele ouviu com atenção, recordando-se de quando sentia a mão dela acariciar a barriga.

Em meio a canção, os olhos da ômega encheram-se de água. Ela parou de cantar, mas ainda tocava o rosto do neném como se não houvesse nada mais importante no universo do que ele.

— Eu vou te proteger — segredou com lábios trêmulos. — Você é inocente.

Mesmo não sabendo o que tais palavras significavam, o pequenino ouvia tudo. As lágrimas dela eram seu alvo, e apesar de bonitas e brilhantes, não eram agradáveis. Sempre que ouvia os choros da ômega, os olhos dela estavam daquele jeito. Obviamente, não entendia o que era tudo aquilo, mas não era confortável.

Ela beijou a testa do bebê e chorou, com o rosto próximo ao dele, pouco antes de outro cheiro se mesclar ao de gardênia. Um alfa se ajoelhou perante a ômega e a abraçou pela cintura, cercando o bebê com um dos braços.

— Amor… amor, olhe para mim — acarinhou as costas dela. Ela olhou para o alfa, com o queixo tremendo. — Nada vai acontecer com você e nosso filho, eu prometo.

A face dela foi enxugada pelos dígitos dele, precedido de um carinho que a fez fechar os olhos.

— Por quê?

Ele sorriu genuinamente.

— Quando amamos alguém, nem toda ação tem uma explicação. A gente faz porque ama, e isso basta.

Ela tomou a mão dele com a sua e levou até seus lábios.

— Eu amo você, Jihoon.

— Eu sei — sorriu e acariciou a marca no pescoço dela. — Você sabe que a amo também.

Jihoon pegou o filho das mãos da ômega e sorriu para ele antes de beijar sucintamente a cabeça com poucos cabelos. Pôs a criança no berço e girou o móbile para entretê-lo.

— Durma, anjinho.

A princípio, os olhos miúdos se atentaram às nuvens e estrelinhas girando, todavia, ele assistiu entre as hastes do berço seu pai abraçar a ômega e novamente os sons desagradáveis voltarem.

[...]

— Venha para o papai, vem. Você consegue, Jimin — o alfa tinha os braços estendidos para o bebê, que tentava dar seus primeiros passos.

Jimin estava assustado, com os bracinhos abertos e as pernas flexionadas, com medo de cair.

A porta foi aberta e Soomin entrou, chamando a atenção do ômega medroso e ainda parado.

— Meu Deus! Ele vai cair, Jihoon —  ela correu em direção ao bebê, mas o marido a puxou para perto de si, fazendo-a sentar no chão também.

— Deixe-o. Ele está prestes a dar o primeiro passo.

Kairos Máfia • ABO  |  JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora