Capitulo 1 Correndo

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Meu corpo estava mole pelo sono, meus olhos ainda fechados e muito pesados, porém sabia que ali não havia mais um pingo de sono.
Estiquei-me sobre a cama e olhei para o meu relógio em forma de foguete, eram 5:48 da manha. Pela janela somente se fia o céu se preparando para suportar o sol que estava chegando. A costa perfeitamente rosada e clara.
A preguiça dominava o meu interior, mas ao mesmo tempo estava louco para correr, então me levantei e fui até o meu armário colocar bermuda, tênis e uma blusa, antes checando se meu celular estava devidamente carregado.
Não demorou muito tempo para me arrumar e correr para o andar de baixo da casa de meus pais, pegando o controle do portão pois havia perdido minhas chaves acidentalmente a pouco tempo.
Antes de sair da casa, coloquei meus fones de ouvido e liguei a minha seleção de Die Antwoord no máximo. As corridas eram sempre melhores com um estimulo musical intenso, e eu gosta de ouvir seus sotaques engraçados enquanto cantavam em inglês.
Como de costume, bati meus pés duas vezes nos degraus do portão e sai correndo rua afora.
Goiás era um inferno em março, quente como um forno, por isso me animava de bater pernas somente antes que o sol chegasse a pico em nossa pequena cidade.
Sempre acabava com os braços de pedreiro assim que terminava minhas corridas, e odiava ficar com aquela imensa mancha atrapalhando a imagem.
Meus pés batiam fortes no chão enquanto olhava os recém chegados em casa, bêbados pós sábado. Era engraçado o que você podia pegar ao correr em um domingo as seis da manhã.
Observei duas mulheres sentadas desajeitadamente reclamando de como estavam ferradas sem a chave de seus lotes. Eu internamente ri daquilo, não que eu achasse a desgraça alheia uma coisa legal, mas eu bem feito por mulheres de saia curta beberem até ficarem loucas e muito vulgares perdendo todo o tipo de noção.
Continuei correndo até o parque ao qual novamente mais bêbados descansavam em seus carros bebendo pacotes de cerveja enquanto as mulheres corriam para o mato fazendo suas necessidades. Isso era desagradável em proporções épicas.
Continuei correndo por mais algum tempo, enquanto sorria para frente que nem bobo. Amava correr, era o melhor modo de liberar todo o estresse e bebida a qual eu sempre tomava. Me deixava livre, leve e solto.
Quando cheguei em casa, dei de cara com o meu pai e o meu meio irmão, ambos colocando os coturnos sujos de terra nos pés.
- Bruno. - cumprimentei meu irmão - Pai.
- Hector, de novo correndo.
- Sim pai.
- Quando vai parar de escrever baboseira no seu computador e vai vir trabalhar conosco na fazenda?
Olhei descrente para o meu pai.
- Meu lugar não é na fazenda.
Meu pai foi em direção a seu carro, enquanto Bruno murmurava.
- Playboysinho.
Fiz uma careta, até por que era assim mesmo que todos da qui me chamavam. Eu considerava voltar para São Paulo, toda vez que os miseráveis vinham me enojando como seus vocabulários chucros.
Fui para o meu quarto e fui novamente estudar minha tese para a faculdade, a qual eu já estava atrasado a um par de dias, e precisava enviar o mais rápido possível para minha faculdade.
Passei o resto do dia nisso, me concentrando como nunca, ao mesmo tempo que olhava para fora de minha janela observando todos da minha grande família indo e vindo.

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Pois é gente, to escrevendo essa pequena historia com um pouco de base na minha vida. Mas a coisa esta meio tensa aqui, com a minha net zoada. Porém estou com muitas ideias para Hector, queria a opnião de vcs de qualquer forma.
Comentem ai e falem o que vocês estão achando <3

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora