Capitulo 27 Foras combinam com Hambúrguers

346 32 0
                                    

Seis longos meses de 'e que se foda o mundo'. Eu fiquei focado em recuperar minhas notas em jornalismo e formar junto com os meus antigos colegas, e digo que muito mais do que difícil, já que faltei muitas aulas.
Depois de chorar muito e fazer com que Nandi me ajudasse com seus "artifícios predadores" com o diretor da faculdade para cobrir as minhas faltas, - sim, botei ela para transar com o meu diretor, me julguem. Mas não era como se Nandi não quisesse dar uns pegas nele dê da ultima vez que chamei-a para ir no encontro das salas de Jornalismo no Café e Prosa.
Acabou que meti a cara nos livros com tudo e mergulhei em finalizar o meu ultimo trabalho.
E bem, aqui estou eu. Formado e solteiro. Mas pelo menos eu já tenho duas ótimas propostas de trabalho e também uma viajem marcada para Itália junto com Nandi...
Okay, eu não me esqueci de Lulian. Para falar a verdade, quando eu não estava com a cabeça e fiada nos cadernos ou fazendo pesquisas, eu estava me remoendo por pelo menos não ter dado para o homem.
Pode até parecer meio triste, mas... Perai, é triste mesmo.
Nandi até tentou me arrumar alguem, ma ruiva bonita e baixinha chamada Sara e um homem alto e moreno chamado Renan. Nenhum deles chegavam aos pés de Lulian, pois apesar de serem bonitos, ambos somente falavam sobre coisas supérfluas e entediantes.
Lembro que quando Sara começou a falar sobre como queria mudar o cabelo para preto por que havia enjoado da coloração, ficou vinte minutos falando da mesma coisa, e também havia Renan que estranhamente somente conseguia falar sobre havaianas.
Era estranho como qualquer assunto da mesa podia ser levado a uma questão que abrangia os pés de Renan e chinelas brasileiras.
Deus, prefiro morrer. Imagine beijar um cara e ele te interromper para falar sobre a nova coleção de havaianas do Star Wars?
Mas voltando á Italia, não era como se eu esperasse encontrar-lo. Nós iríamos curtir Veneza e Milão, enfiar a cara nas compras e coisas assim. Se ele estivesse lá, certamente estaria em Reggio.
Mas eu não nego que se o encontrasse iria ficar bem feliz, ou provavelmente iria sair correndo que nem um idiota e me esconder atrás da primeira coisa que eu achasse.
Isso é por que eu sou um idiota.
Eu estava deitado no sofá descansando quando meu celular tocou:
- Ei.
- Tem como você abrir o portão para eu entrar? Não estou afim de estacionar aqui fora.
- Claro, esta na porta?
- Já enfiada na sua garagem baby.
- Ok.
Respondi Nadi e fui até o interfone para avisar para o porteiro abrir o portão.
Um pouco depois Nandi entrou com uma sacola do Burguer King e se espatifou no meu sofá da sala como sempre fazia.
- Essa coisa mata pessoas. - falei me referindo ao hambúrguer que ela já havia enfiado na boca com voracidade.
- Sabe de uma coisa, eu preciso de uma dose de gordura por dia, se não eu morro. E que nem um diabético sem a sua injeção lá de sei lá o que. - ela disse enquanto mascava.
Semicerrei os olhos para ela. Havia algo errado em seus olhos, parecia que alguém havia entrado no seu caminho, e com força.
- Qual que é o problema da vez? - perguntei puxando suas pernas e me sentando por baixo delas - Pode ir falando ai baixinha.
Nandi fez uma careta e me apontou o dedo.
- Primeiramente, baixinha é a sua avó, e em segundo, é, eu levei um fora. - ela disse fazendo uma careta irresistivelmente engraçada e deselegante.
Eu não me contive e ri, mas foi golpeado por um bacon melequento em seguida.
- Ei! Quer sujar meu sofá? - perguntei comendo o bacon enquanto puxava um guardanapo para limpar o molho do meu rosto.
- Ta rindo do que? Acha engraçado eu levar um fora? Aquele bastardo, eu que devia ter dado um fora nele! - ela resmungou.
- Qual é o nome do 'bastardo'? - perguntei sorrindo e colocando no Comedy Central.
- Sabe aquele cara que fazia facul comigo?
Apertei os olhos pra ela.
- Seja especifica.
- Nelson, o cara grande, com o cabelo ondulado castanho claro. - disse fazendo bico.
- Porra, o Nelson? O Nelson te deu fora? - falei tendo uma crise de riso.
- O que é?! Ele é gatinho!
- É, mas o nome dele... Cara, o nome dele é podre... - falei quase cacarejando.
Não que eu tenho algo contra a ' Nelson', mas esse nome me faz rir demais.
Fiquei falando 'Nelson' varias vezes, zoando com o nome do cara sem dó e nem piedade, depois de um tempo, até mesmo Nandi que estava irada começou a rir da minha estupidez.
- Esse Nelson não sabe o que perdeu. - falei batendo na sua cocha - Já começou a arrumar as malas?
Nandi me deu um sorriso.
- Of course darling.
- Oh, my... - revirei os olhos.

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora