Capitulo 38 Torturado

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- Bela bunda. - comentou Nandi olhando de lado para Lulian.
Revirei os olhos e encostei minha testa no seu peito.
- Por que raios eu não consigo ficar com o Lulian em paz? - reclamei abafado contra o seunpeito.
Eu queria aqueles olhos quentes me cercando novamente, me empurrando na parede e ameaçando me por no meu lugar. Eu juro que eu queria Lulian bruto e muito bem lúcido em cima de mim.
Mas isso aqui não é um conto erótico de fadas...
- Fala serio! Trouxe esse gringo para o seu quarto?! - gritou Marcos na porta irritado.
- Você não tem nada haver com isso garoto. - falou Lulian me abraçando protetoramente.
Ele estava calmo, mas não um calmo normal, mas sim um calmo terrivelmente frio.
Não queria ver Lulian falando desta forma comigo nunca.
- Nandi, pode manda os garotos sairem? - perguntei calmo olhando pela fresta do braço dele.
- 'Sairem'?! - gritou Marcos dando um passo para dentro com raiva.
- É cara, 'sairem'. - respondeu Arthur pegando no colarinho do garoto e o puxando para fora.
Quando o fez, piscou para mim, me mostrando que ele não queria nada de mal para.
Nandi deu um beijo nele com a porta encostada enquanto Marcos gritava coisas obscenas.
- Vai tomar banho. - falei ainda com a cabeça nos braços de Lulian.
- Banho? Eu preciso falar com você.
- Banho primeiro.
Então ele se afastou de mim um pouco e olhou para o seu corpo.
- Ok.
Ele foi para o banheiro e fechou a porta, mas não ates de dizer:
- Por favor, não fuja.
- Eu não vou. - falei para ele e me sentei na cama.
Assim que eu me sentei, Nandi entrou no quarto e se sentou do meu lado.
Ficamos algum tempo sentados sem falar nada, somente olhando de um para o outro.
- Hey.
- Oi. - respondi.
- E ai?
- Ai o que?
- Como foi a noite? - perguntou batendo no meu joelho.
- Foi boa.
- Só boa?
- É.
- Não transou?
Fiz uma careta.
- Bem direta você ein? - perguntei sorrindo de lado.
- Para que ficar enrolando? Vamos direto ao ponto, não gosto de enrolação. - ela disse se aprumando ao meu lado.
- Ok, Nadine, foi bom, dolorido mas bom. - soltei coçando meu cabelo.
- Dolorido?
- É Nadine, você já fez anal sem lubrificação depois de anos e com vinte e cinco centímetros de comprimento e mais um monte de grossura? - perguntei levantando a sobrancelha.
- Deus! - comentou ela arregalando os olhos - Não! Não, não nunca fiz e não sei se estou querendo isso pra mim tão cedo. - disse depois rindo.
- Olha, isso é um puta preconceito contra sexo anal. Homem e mulheres tem, e se homens curtem dar, por que mulheres também não?! - perguntei fingindo estar irritado.
Nandi enfiou um dedo dentro de um buraco que fez com os dedos e me mostrou.
- Ta vendo isso aqui, - perguntou ela mexendo o dedo - então, é uma conecção com as suas bolas, o que quer dizer, o pênis do seu toca la e te da prazer, sacou? Mulheres não tem isso não doido. - ela disse.
Apertei meus olhos e fiquei olhando para ela por alguns segundos, ela disse mesmo isso? Por que só pode ser zoação com a minha cara.
- Que é? Isso que eu falei é serio! - ela disse.
- Mano, não tem nada haver! - falei irritado - Não totalmente pelo menos, mas só de você ter o seu parceiro te tocando e... - apertei meus olhos - Ou, para, tá estranho. - falei esfregando a cara e revirando os olhos.
Nandi soltou uma gargalhada e caiu de costas na cama.
- Mas que conversa mais idiota ein? Por que você é tão estranha?! - perguntei para ela me deitando do seu lado e a abraçando.
- Eu não sou estranha não moleque! É essa nossa vida que parece uma piada sem fim.
- Pois é, que merda, né?
Ela se virou para mim e olhou nos meus olhos.
- O mundo é cercado de coisas engraçadas, coisas chatas, coisas más, coisas boas e absurdas. Intenso, assustador e incrível as mesmo tempo. - ela disse então tirou uma mecha de cabelo do meu nariz e depois bagunçou tudo de novo.
- Você me assusta as vezes sabia? - perguntei enquanto arrumava meu cabelo para trás e me colocava sobre os cotovelos.
- Como?
- Você me assusta quando fala algo inteligente ou filosófico, e melhor você ficar nessa de burrinha por mais...
Ela pulou em cima de mim, me enganchou com as suas chochas, sentando em cima de mim e me fazendo cócegas.
Eu não costumava a ser sensível, nunca aceitei bem essa agressão a pessoa. Por que vamos aceitar que cócegas é um inferno. A coisa é, Nandi aprendeu desde cedo todos os pontos fracos do meu corpo, e sabia exatamente onde me torturar quando queria.
E era isso que ela estava fazendo, arrastando suas unhas pelo meu pescoço, axilas e quadris enquanto me enganchava com as suas pernas longas.
- Para!! Seu... Animal! - gritei rindo.
- Paro o caralho! Burrinho é tu! Urubu! - ela gritou fazendo careta enquanto eu tentava me esquivar.
- Vai voltar para o fu... Fundamental!! Sua... - eu engasguei e senti meus olhos ficando vermelhos e as lagrimas saindo enquanto forçava meu riso idiota cheio de covinhas que somente Nandi conhecia.
- Huhu. - grunhiu Lulian na porta do banheiro nos olhando - Tenho que me preocupar com isso?
Nandi me soltou e se levantou enquanto eu respirava fundo tentando puxar meu fôlego de volta.
- Eu lá tenho cara de pego um gay desse? - ela perguntou indo até o banheiro e empurrando Lulian da porta - Eu sou mais um macho.
Me sentei e mostrei os dentes para ela enquanto ela fechava a porta do banheiro.
- Eu vou demorar aqui no banho, preciso dar uma relaxada! Aproveita ai! - ela gritou ligando uma musica da lana Del Rey no ultimo volume.
Revirei os olhos.
- Então, aonde nós estávamos? - perguntou Lulian alterando completamente seu comportamento normal e me mostrando os mesmos olhos que me cercaram contra a parede.
E tinha mais um detalhe, o detalhe de que ele jogou a toalha no chão e subiu na cama sobre mim...
Deus, nem a coitada da Lana vai conseguir abafar isso...

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E ai genteney, alguma sugestão ai pra mim? Kkkkkkkkk Estão curtindo? O que acha que vai acontecer no próximo capitulo ein? ( esqueçam o obvio e abracem o diferente constante, pois Correndo não é um livro normal haushaua)
Parei.
Beijos na bunda e até... AMANHA MESMO!!

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora