Capitulo 28 O começo de uma semana de Azar

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Todos tem uma semana de azar, pelo menos uma pela vida toda. Acho que é karma acumulado ou algo do gênero. O problema é que a minha veio em um momento nem tanto assim oportuno.

Acontece que teve um problema com a minha aeronave, e eu e Nandi tivemos que esperar mais de sete horas no aeroporto enquanto ele era resolvido.

Quando embarcamos, fomos quase mortos de medo por turbulências horríveis que duraram o tempo todo em que estivemos no ar.

Só para piorar, havia um senhor na minha frente que não para de soltar puns, e acredite se quiser, eu juro que meus olhos lacrimejavam no momento em que as bufas entravam pelas minhas narinas.

Nandi teve que ser deslocada de seu acento, pois houve um erro peculiar no sistema, e tiveram que colocar uma senhora do meu lado. Essa senhora tinha um problema, pois roncava até acordada.

Eu não entendi muito esse voo, mais se deus existia mesmo, estava tirando uma com a minha cara.

- Sr., you fine? (Senhor, você está bem?) – perguntou a aeromoça enquanto entregava-me um lanche.

Olhei bem para a cara da mulher. Ela era bem bonita, vestia aquele uniforme que fazia com que os homens babassem, e cá entre nós, eu tinha quase certeza de que ela estava dando em cima de mim.

- You really ask if I am fine? (Você realmente acha que eu estou bem?) – perguntei enquanto apontava para a britadeira do meu lado e o senhor gazes na minha frente.

- Sorry Sr. (Desculpa senhor.) – ela disse constrangida enquanto pensava em algo.

Cara, isso foi a gota d'agua, eu queria sair correndo desse avião. Quase perguntei á aeromoça se existia uma possibilidade de haver paraquedas perto da porta.

Nandi ao contrario de mim, pelo que pude ver quando me esgueirei pelo corredor a procura do banheiro, estava ao lado de dois dos caras mais gatos eu já havia visto. Nas sete vezes em que passei por lá, eles se encontravam em um papo divertido e estimulante.

Tinha certeza de que o cheiro de suas poltronas não eram iguais ao da minha.

Quando descemos do avião em Milão, eu já estava quase golpeando o senhor bufas. Acontece que eu descobri que o homem tinha serias irritações intestinais e ainda quis comer um prato especial de feijão.

- Nunca mais na minha vida eu quero ver aquele ser repulsivo. – falei enquanto entrava no taxi com Nandi e dava-lhe as direções.

Nandi arregalou os olhos.

- Que 'ser repulsivo'? – perguntou.

- Aquele homem que sentou na minha frente. - resmunguei encostando minha cabeça no seu braço.

Nós nos hospedamos no Bulgari Milano, mais por escolha minha, até por que minha mãe adora esse hotel. Dizia que havia pedaços de chocolate em baixo do travesseiro e belos lugares de descanso.

Na verdade, eu até mesmo já havia ficado neste hotel por três dias. Três dias divinos.

O hotel era cinco estrelas, por isso era os olhos do cara, mas nada que me desfalcasse. Até por que, eu de fato tinha dinheiro para passar mais do que uma vida bem e cheia de luxos. Mas não é bem o que eu tinha em mente.

Mas essa vontade de curtir estava dentro das minhas veias, havia herdado isso da minha mãe e tinha certeza de que iria seguir os seus paços e alcançar o que ela tanto queria.

Acabou que o cansaço me vencei mais do que qualquer coisa, não havia dormido no voo, e muito menos em casa enquanto arrumava as malas nervosa para não esquecer nada. Por sorte, Nandi não havia dormido nada pois haviam dois homens ao seu lado que ela não podia perder a oportunidade de arrumar seus celulares.

Fizermos o check in bem rápido, graças a eficiência do hotel e o meu italiano fluente, o homem nos deus as chaves e fomos quase que correndo para o quarto. Discutindo coisas como a cor das paredes e o carpete macio do elevador.

Quando chegamos no quarto, quase morremos de alegria, foi somente o cara chegar com as malas que eu tomei meu banho primeiro e pulei em direção á cama king de cuecas.

Nandi já estava acostumada comigo semi nu, afinal, eu já até dei banho nela quando ela desmaiou de bêbada em casa pela primeira vez, ou vice e versa.

Eu nem tive tempo de olhar para o quarto.

Sete da noite em Milão e eu morto na cama, o melhor jeito de começar uma viajem.

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora