Capitulo 9 VOCÊ É GAY?

685 59 4
                                    

Beberiquei no meu copo de suco três horas mais tarde. Meu corpo estava todo bronzeado pelo sol de matar das duas ás quatro. Ja sabia que da qui uns dias estaria descascando que nem uma troca de pele de cobra.
As garotas agora já não estavam ao meu lado, elas estavam no quiosque da piscina comendo batatas fritas, e os garotos estavam as cercando.
Ulysses estava ao meu lado cochilando na cadeira a que eu havia coberto por um guarda sol.
A pele dele era muito perfeita para ficar tão exposta, e o sono dele parecia estar tão bom que eu não ousei o acordar. Ele já cochilava fazia quase uma hora.
Passei um braço por cima da minha cabeça enquanto encarava o topo do guarda sol.
Queria poder estar na minha piscina agora, conversando com Renam, Nico e Nandi. Era só fácil demais conversar com ambos, dividir historias, e contar segredos.
Eu precisava mais do nunca de um belo porre, e não de qualquer coisa, um de muitas dozes de tequila.
Senti uma mão roçar meu cabelo, e logo vi que Ulysses havia acordado.
Ja que agora estava sentado no chão e encostado em sua cadeira aproveitando o para-sol, ele conseguia passar sua mão em meu cabelo com facilidade.
- Acordou. - comentei sorrindo.
- Pois é, por que me deixou dormir? - ele perguntou fazendo uma careta enquanto esticava as mãos para os olhos sonolentos - Quando esse guarda sol chegou aqui?
Ignorei a ultima pergunta e a primeira somente dei de ombros, não iria melar nossa relação, não queria que tivesse sua primeira impressão minha de como um tarado ou flertador. Apesar de que eu meio que era um mesmo.
Algo me dizia que o garoto não era um gay promiscuo, e eu não iria torna-lo um.
O garoto se sentou na esteira e esticou seu corpo como um gato se espreguiçando. Até fez o lance das garras no carpete, só que elas rangeram sobre o plástico da esteira, o que não foi muito agradável.
Mas o que ele fez em seguida meio que me fez derreter.
Ulysses plantou um bico em seus lábios, os esticando como uma criança birrenta e falou:
- Preciso da minha cama e de comida.
Eu ri um pouco de suas palavras.
- Não aguento mais esse clube. - comentei levantando do chão.
- Nem eu. - ele disse mostrando os dentes perfeitamente alinhados.
Pensei um pouco no que falar, e na verdade, não tinha nada o que falar.
- Bom, eu vou para casa. - disse enquanto coçava minha cabeça, um péssimo habito ao qual havia desenvolvido nos meus quatro anos de idade.
Sempre coçando no mesmo lugar, e deixando aquele montinho na cabeça quase sempre arrepiado e embaraçado.
- Vai me largar aqui? - perguntou o garoto com o bico posto em seus lábios carmesim.
Eu não aguentei e ri novamente.
- Se quiser eu te deixo em casa. - comentei enquanto colocava meus short.
O garoto se iluminou.
- Concerteza!
O resto foi rápido de se resolver.
Vesti o resto de minha roupa, paguei o que havia consumido, despedi de todo mundo e garanti que minha irma tivesse uma carona com Alam, que dessa vez deu o mesmo para Bruno, mas eu só quis saber disso para nao deixa-la sozinha molhada e com um biquini junto a esse homem gigante.
Ulysses explicou que eu iria deixa-lo em sua casa e que ele estava com muito sono. Logo Pedro consentiu e ignorou o irmão. O resto somente disse tchau para nós dois, principalmente Maria que até se ofereceu para me fazer companhia em casa.
Essa Maria estava me dando nos nervos.
No carro, Ulysses somente se sentou ao lado do passageiro enquanto eu ligava as musicas do meu pen drive de sapo.
Acabei colocando nightstep, o que acabei descobrindo que o garoto gostava muito.
Ótimo.
- Nossa eu adoro o modo como eles aceleram as musicas mas ao mesmo tempo não perdem o conteúdo delas! - comentou um Ulysses sorridente.
- Gosto muito deles também.
- Do que mais você gosta?
- Depende, gosto de tudo um pouco, menos de sertanejo, funk e derivados.
- Então deve estar sofrendo por aqui, né?
- Pois é.
Não demorou muito para eu chegar na casa de Ulysses, não era tão longe da de meu pai. E descobri que ambos os irmãos moravam sozinhos, pois Pedro estava fazendo faculdade aqui, e Ulysses somente não quis ficar a sós com os pais.
Parei o carro na frente do sobrado e esperei um pouco. O garoto não descia, apertava os dedos enquanto pensava algo com os olhos semicerrados.
- Você é gay?! - ele guinchou.
Acho que o garoto queria perguntar isso com mais delicadeza, porém ele não conseguiu. O nervosismo que a pergunta em si trazia não o deixou simplesmente perguntar.
Olhei para Ulysses e suavizei meu rosto enquanto lentamente inclinei meu corpo, que já estava livre do cinto de segurança, quase encostando meus lábios nos dele.
- O que você acha? - cochichei lentamente.
O garoto se perdeu em meus olhos, e eu tomei isso como um sinal de que havia de beija-lo.
Encostei os lábios nos dele, senti a sua carne macia sobre a minha deliciosamente úmida. Não aguentei o quão gostoso era e mordi seu lábio inferior, puxando e sugando.
Ulysses gemeu em baixo de mim enquanto eu o puxava para o meu colo.
Agora eu dava graças a deus pelo meu pai ter escolhido um dos vidros mais escuros permitidos pela lei.
Enfiei a língua na boca do garoto enquanto ele esticava os braços sobre meu pescoço e agarrava meu cabelo com vontade.
Quando a língua de Ulysses começou a se enroscar na minha, eu soube que o garoto inocente não era tão assim, sabia que ele interiormente era bem safadinho, e sabia mais ainda que eu iria gostar muito disso.
Porém o que aconteceu em seguinte foi tenso para ambos.
Senti alguns murros na direção do vidro, e vi que era Pedro nos olhando com indignação.

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora