Capitulo 8 Atração

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- Ei! Hector! - ouvi Ulysses me gritar enquanto corria na minha direção.
Eu já estava entrando no carro quando ele o fez, gritando meu nome desesperadamente.
Olhei para o garoto mal humorado e ele encolheu vendo meus olhos marcados por raiva pelo meu meio irmão idiota. Porém eu me arrependi de ter o fitado com os olhos enraivecidos, pois não queria magoar o cara que havia sido legal comigo.
- Ei, ignora o Bruno, ele só está sentido com a sua chegada. - ele pediu corando com a mão esticada sobre a porta aberta do meu carro.
- Não posso voltar, vou fazer o que lá no meio de vocês? - perguntei passando a mão sobre meu queixo.
- Nada comigo e as meninas, até Alam curte você, o único implicado é Bruno. - ele comentou inclinando seu corpo desajeitadamente para mim.
Sorri um pouco.
O garoto queria mesmo que eu ficasse, nem mesmo Maria que dava em cima de mim a qualquer segundo que estivesse ao meu lado havia vindo me chamar para continuar no clube.
- Ok, mais não quero atrapalhar o seu dia. - comentei, mas acho que ja estava sendo muito dramático.
O garoto mordeu o lábio inferior antes de falar, e isso me chamou bastante atenção.
- Que isso, você é a melhor coisa que já aconteceu nessa minha vida pacata. - ele comentou descaradamente enquanto ainda mordia aquele lábio rosado suculento.
Eu dei um sorriso esperto e fechei a porta do carro me aproximando do corpo do garoto. Cheguei tão perto que senti Ulysses tremer, ele pensou que eu iria beija-lo.
Mas então eu rodei o braço sobre seus ombros e baguncei seu cabelo castanho muito macio.
Fiquei admirando por curtos segundos o rosto cheio de pintinhas do garoto, pensando seriamente em lhe dar uma lambida, mas então pensei melhor e comecei a andar com ele.
- Vamos lá então.
Depois que eu fui com o garoto pendurado debaixo da minha asa recebi olhares duvidosos de todos que nos notavam.
Provavelmente estavam cochichando coisas maldosas sobre a nossa sexualidade.
Acabou que o grupo de amigos estavam jogando bilhar em um quiosque ao lado da piscina, enquanto as garotas estavam deitadas em esteiras flutuantes na piscina.
Nem me dei ao trabalho de me dirigir o olhar para Bruno, nem para nenhum dos outros garotos, fui diretamente para a piscina tirando minha blusa.
Escutei uma exclamação vinda por trás assim que estava semi despido.
- Que tatuagem legal! - gritou Maria enquanto corria de sua esteira no raso.
O corpo da mulher era bonito, mas era todo implantado. Apesar de ser nova, sabia que ela já havia se submetido ao bisturi uma porção de vezes. Mas nada contra, porém não estava a fim dela nem um pouco.
Sorri para a garota.
- Obrigada, fiz ano passado. - disse checando a ponta da asa que sobressaia ao lado dos meus ombros.
A garota ja começou a falar varias coisas sobre o que ela queria tatuar em seu corpo, um tempo ou outro tocando-me. Não a ignorei pois prezava arduamente minha educação, mas a vontade sair correndo.
Minha sorte era que Ulysses se deitou a esteira do meu lado, nos dois de sunga tomando um sol e conversando com as garotas que volta e meia falavam sobre homens e suas bagagens pela sunga. Maria até havia, descaradamente, comentado sobre a minha...

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora