- Só pode tá brincando com a minha cara. - falei revirando os meus olhos - Foi mal, foi engano. - falei dando um sorriso forçado e me virando.
O cara esticou a mão e pegou o meu braço.
- Ei, espera ai cara. - falou com aquele sotaque carioca de fuder.
Puxei o meu braço dele meio rude e falei:
- Já disse que foi engano. - repeti irritadiço.
- Ei, ei, calma, o que eu te fiz para me ignorar e me tratar assim? - ele perguntou me olhando meio torto.
O cara já não estava rindo mais.
- Eu nem te conheço cara, desculpa se te confundi com alguém. Você também deve ter me confundido com alguém.
- Ei, baby, o que ta rolando? - perguntou Nandi vindo na nossa direção com as mãos rodas na cintura.
- Eu não sei não Nandi, esse cara ta me confundindo com alguém. - menti.
Nandi semicerrou os olhos e olhou bem para o cara tatuado na minha frente, de cara eu sabia que ela tinha aprovado o cara, mas mesmo assim, estava fingindo seriedade.
- Esse cara ai não é o da academia, mais cedo, lembra? - ela perguntou virando a cabeça para analisar mais seu rosto.
Eu quase sai no tapa com ela quando ela disse isso, fiz uma cara feia para ela e acho que percebeu, por que fez um bico e fingiu que não fez nada de mais.
- Marcos, você ta se passando por idiota ai falando com o cara, não ta vendo que ele não quer nada contigo? - perguntou o cara do lado dele.
Ele tinha o cabelo branco, um tronco grande, ombros largos mas era bem magro. Pelo que eu que eu percebi, o cara não possuía nenhuma tatuagem, mas ele estava com uma blusa de gola alta e mangas compridas, não poderia ver nem se quisesse. O nipe de modelo era de fazer muitas mulheres e caras caírem de quatro por ele. Como o amigo, Marcos, o cara da esteira, ele também tinha um sotaque carica, só que mais peneirado.
- Isso cara, ai, seu amigo entende as coisas melhor que você ein. - disse piscando para ele.
O cara deu um meio sorriso.
- Como você disse, eu não conheço você, mas queria te conhecer, e neste caso, te pergunto: O que vocês vão fazer aqui agora? - ele perguntou bem descarado.
Eu não sei como um cara consegue ser tão confuso e confiante ao mesmo tempo.
Comecei a falar que não interessava á ele, mas então Nandi abriu a bocona e falou:
- Nada programado, por que? Quer indicar algo? - ela perguntou.
Foi ai que eu percebi que ela e o cara de cabelo branco estavam se encarando e flertando entre gestos.
Puuuuuuta!
- Sim, vou sim, e não vou só indicar, como posso leva-los e coloca-los dentro. - ele disse sorrindo para mim, mas falando com Nandi.
- E onde seria essa festa?
- Ei, eu não...
- Calado Hector. - ela disse me empurrando e passando na minha frente.
Virei de costas e levantei os braços esfregando meu cabelo. Cinquenta vezes merda.
Quando Nandi se interessava em algo, ela ia atrás, e naquele momento, ela estava ligada que eu não poderia larga-la com um monte caras em pleno Milão.
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Correndo (Romance gay) Livro 1
Romance(Nome mudado = 'E se eu ficar?' para 'Correndo') ' Eu tenho pai, eu tenho dinheiro, tenho um bom estudo, falo quatro línguas. Sou bom na maioria das coisas que eu faço. Meu lugar definitivamente não é aqui. ' Hector se encontra em um dilema em sua v...