Capitulo 29 Diabolicamente Gostoso

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Acordei completamente curado do meu sono. Estava zerado, sem mais nenhum problema ou mal cheiro.

Levantei-me da cama e olhei a tela do meu celular.

Deus, seis horas da manha e eu acordado.

Por mais que eu quisesse voltar para cama, não era como se tivesse mais uma gota se quer de sono dentro de mim, na verdade eu precisava gastar um pouco de energia.

Coloquei as minhas calças de moleton, uma regata branca, meu colar e o tênis em que eu havia vindo. Por ultimo escrevi em papel que havia ido correr e que depois iria tomar café de novo com Nandi quando acordasse. Se eu bem a conheço, mesmo ela estando dormindo desde as oito da noite, ela provavelmente iria acordar somente as dez da manha, o que para mim era um desperdício de tempo.

Achar a sala de exercícios não foi difícil, na verdade eu já havia estado aqui com a minha mãe correndo já que ela tinha o mesmo habito que eu. O problema é que a sala não estava assim tão vazia quanto eu pensei que estaria á essa hora.

- I Telling you! Has this vírus here in Milan, Kill anyone who comes out in days. The newspapers do not report to Milan do not lose Money. ( Estou te dizendo! Tem esse vírus aqui em Milão, mata qualquer um  que vem de fora em dias. Os jornais não informam para Milão não perder dinheiro.) – resmungava um homem andando na esteira.

O homem tinha um corpo magro e pequeno, os olhos pareciam meio loucos, e seu sotaque era inteiramente francês, mal conseguia falar inglês direito sem espremer uma ou outra palavra da sua língua.

O que ele falava era insano, o que me fez deduzir que ele tinha algo muito errado na sua cabeça.

- I Know, man. It's true, but, tell that to the resto f the hotel. ( Eu sei, cara. É verdade, mas, conte isso para o resto do hotel. ) – falou o cara do lado dando um sorriso maldoso.

O homem era alto, todo tatuado e tinha um cabelo preto nervoso cobrindo toda a sua cabeça. Ele estava sem camiseta, então dava para se ver um corpo inteiramente sarado e gostoso, mas conseguia lidar com isso quando vi seu ar diabólico dando corda para o débil homem.

Mas sabe o que é pior, eu sabia exatamente da onde ele era pelo seu sutaque e jeito. O maldito era Brasileiro.

Oh raça miserável.

- Yeah! I will run to tell everyone, they need me! ( Isso ai! Eu vou correr para contar á todos, eles precisam de mim! ) – gritou o homem descendo da esteira e correndo pela porta enquanto esbarrava em mim acidentalmente.

Revirei os olhos e pensei no homem sendo chutado para fora do hotel por incomodar os hospedes. Isso não é justo.

Mas isso não é problema meu, a cagada já estava feita, e não adianta muito eu interferir. Nada que eu dissesse iria fazer efeito na cabeça atrapalhada do homem.

Lambi meus lábios e subi na esteira ao lado do cara diabólico.

O cara me deu uma olhada de cima abaixo bem interessado no que estava vendo. Senti-me orgulhoso quando vi seus olhos tremerem no meu corpo de vislumbre no espelho.

- It's a pretty morning, right? (Está uma bela manhã, não? ) – falou ele tentando puxar assunto comigo.

Fingi-me de desentendido e balancei a cabeça, como se não falasse a sua língua.

- Don't speak english? ( Não fala inglês?) – balancei a cabeça negando – Portuguese? ( Portugueis?) - neguei também.

Por mais que eu neguei tudo, ele sorriu e ficou me encarando, e eu sabia que ele queria algo bem caranal comigo independente da língua.

Passamos uns trinta minutos correndo naquelas esteiras, ele não saiu apesar de já estar com uma hora e meia. Tentou me oferecer água e quando neguei ele disse.

- Vou te fazer meu. – de uma forma bem descarada.

Já que pensava que eu não falava nenhuma de suas línguas as vezes soltava uns palavrões, eu fiquei calado o tempo todo me fingindo de desentendido.

Eis que o Nandi apareceu na porta após alguns minutos toda arrumada, mas ainda sem maquiagem gritando meu nome.

- Hector, seu... – ela começou fazendo um grunhido enquanto vinha na minha direção – Você some sem me dar explicação, mexa a sua bunda branca e vamos comer, tenho muita coisa pra comprar. – ela disse apertando o botão vermelho da tinha esteira com tudo.

Olhei para o lado e o cara estava tão atônico, com os olhos arregalados, não acreditando que eu estava entendendo. Estava esperando eu abrir meus lábios e ver o que eu iria responder.

Dei um meio sorriso de deboche para ele e pisquei, depois me virei e passei uma braço suado em cima de Nandi fazendo-a chiar e se esquivar.

- Vamos lá baby, estou morrendo de fome.

Deixei o cara para trás pensando sozinho sem falar um 'A'. Devia estar frustrado e irritado com a minha mentira cabeluda.

Quando me virei para sair da sala, sei uma olhada na cara de tacho do cara, mas na verdade, ele tinha parado a esteira e estava sorrindo com o queixo levantado ao lado da esteira.

- Você com certeza vai ser meu. – pensei ouvir o cara dizer enquanto me afastava.

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Pois é gente, mudei o nome do meu livro para 'Correndo', por que o outro nome era Clichê e este se adequava mais ao estilo de vida de Hector. Espero que gostem <3

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora