Capitulo 39 E no final... ?

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Arregalei os olhos quando senti seu membro pulsante contra a minha perna.
Lulian estava em cima de mim mordendo meu queixo e ronronando enquanto se esfregava em min. Eu não sabia o que falar, mas meu corpo sabia o que fazer.
Esquecendo a vergonha e a vontade de conversar com ele, abracei seu corpo e gemi alto.
Lulian lambeu meu queixo e beijou minha boca. Sua língua mais consciente do que nunca se enroscando na minha. Seus dedos enfiados dentro do meu couro cabeludo, puxando as mechas e apertando meu rosto com o dele.
Estava derretendo em suas mãos, sentindo o calor do seu corpo emanando para mim. Sua energia intensa estava quase me afogando...
- Hector, eu te quero tanto... - ele falou na minha orelha, enquanto a lambia.
- Meu deus... - gemi.
- Eu não quero que você fique longe de mim... Nunca mais! - ele disse enquanto me tomava no susto puxando as minhas pernas com força, batendo seu quadril no meu.
Eu queria falar para ele o quanto isso era quase que impossível, mas eu não podia... Na verdade, eu não queria.
No entanto, quando ele abriu bem as minhas pernas e começou a tirar minha cueca, senti meus músculos esticando e uma dor terrível na minha abertura.
Grunhi de dor na sua orelha e agarrei suas costas, e isso falou por mim, mesmo que eu estivesse com vontade de fazer sexo com ele, ainda sim estava brutalmente doido.
- Desculpa, - falou ele posicionando minha perna para baixo - eu não queria que isso tivesse acontecido daquela forma.
Beijou minha testa e seu rosto esbanjava tensão, tristeza e arrependimento. E não era bem isso que eu queria que ele sentisse ao se lembrar da nossa primeira transa.
- Tudo bem. - falei me forçando a sorrir - Eu gostei muito de te ter dentro de mim, só não estou muito bem hoje.
Coloquei a mão no rosto dele e acariciei a sua bochecha preocupada. 
Ele ficou me encarando por um tempo, cada vez mais calmo e ainda em cima de mim.
- Como o mundo é pequeno. - ele comentou enquanto me olhava.
Eu sorri docemente e me arrumei, levantando o meu corpo e o dele.
- Muito pequeno. - disse.
- Você já sabe o que eu quero. - ele disse firme e curto.
- Eu sei? - perguntei baixando o semblante.
- Você sabe. - ele respondeu se sentando na beira da cama e me pondo no seu colo da forma mais confortável o possível. 
Esfregou o nariz no meu devagar, fechando os olhos, e eu me senti de uma forma diferente, nunca havia recebido um carinho destes... Sem uma tensão sexual elevada, e sem ser muito amigável. O carinho era simplesmente... Amor.
Abracei ele de leve e coloquei minha cabeça repousada no seu peito.
- O que vamos fazer? Ein? - perguntei.
Ele beijou a minha testa.
- Eu moro em São Paulo, e não quero deixar de morar lá. Preciso arrumar a minha vida. - falei enquanto me apertava nele.
Toda aquela cisma de antes havia desaparecido junto com seus beijos doces e o seu carinho. Eu estava muito mais do que derretido.
- Eu sei disso, não vou te fazer desistir da sua vida por mim, Hec. - ele disse massageando meu coro cabeludo - Mas eu não vou te deixar ir. Eu não sei por que, mas eu ando me sentindo péssimo desde que foi embora de Goiás, não me sentia bem, estava angustiado. Não consegui ter nenhum relacionamento com homens e quase que nem com mulheres. Entende?
- Sim... - falei fechando os olhos - Mas mesmo assim, o que faremos a respeito disso? - perguntei cansado.
- Você sabe que eu sou uma pessoa bem requisitada pelas empresas de marketing e tudo que está interligado a imagem empresarial, o que não me falta é propostas de emprego, tanto no Brasil e tanto no exterior. Principalmente em São Paulo. Se eu me lembro bem, tem uma empresa da qual chamou bem a minha atenção e eu não preciso pensar muito para aceitar a proposta. - ele disse decidido - Isso é claro, se você quiser que eu fique lá.
Mordi meu lábio e me afastei para olha-lo nos olhos.
- Você tem sonhos, e eu não creio que eles estejam em São Paulo, muito menos no Brasil. - eu disse meio triste.
- Eu tenho vários sonhos, mas eu quero realizar os mais importantes primeiro.
- Quais são os mais importantes? - perguntei para ele esfregando o nariz no seu peito.
- O primeiro é você, por que literalmente sonho com você dês de que tive que te carregar bêbado para a minha casa. Na verdade, acho que na mesma hora que te vi emburrado naquela boate. - ele comentou beijando minha bochecha - O segundo se resume ao meu bem estar emocional, que, bem, também se aplica á você. - sorriu. 

Revirei os olhos mais ainda sim fiquei vermelho. 

- Ok, mas e a sua carreira? - perguntei.

- Acha que São Paulo não me oferece ótimos cargos? - perguntou-o me olhando. 

- Eu sei que existem, mas...

- Mas nada, eu estou certo do que vou fazer, vou ficar com você. - ele disse sorrindo. 

Eu não entendia muito bem sobre amor, não sobre o amor de um homem com um homem, ou um homem com uma mulher, ou vice e versa. Eu sabia como era amar amigos, um pai e principalmente uma mãe, mas não tinha certeza de o que estava dentro de mim era exatamente isso. Mas senti uma dor estranha no peito e uma vontade estranha de não falar nada... 

Lulian colocou o seu dedo no meu queixo e puxou-o para ele, beijou os meus lábios de forma quente e amorosa. 

- Eu vou para São Paulo. - ele disse por fim. 

E no final... Tudo se ajeita da forma que eu queria, ou não. 


Continua...


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ALouuu gente bonita, quem queria um fim melhor que esse? Bem, isso não interessa. <To muito rude, ai> 

O próximo capitulo que eu vou postar é o nome do livro 2, o qual vai estar cem vezes melhor que o primeiro, e eu aposto minhas tripas que vocês vão curtir! Então, aguardem!

Beijokas e até o próximo!

Ps: Lembrem de conferir o: http://missatomicv.blogspot.com.br/ , onde vai haver informações sobre todos os personagens passado, futuros e presentes de 'Correndo'!


Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora