Capitulo 36 Os assassinos de velhinhas em Milão

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Para levar Lulian até o meu quarto foi um inferno, todo mundo elegante no meio do salão e eu lá com o homem pendurado nas minhas costas.
Sim, nas minhas costas.
Eu parecia que estava levando uma cruz em um daquele desfiles religiosos, pois o cara era muito pesado.
Lulian estava repousando nas minhas costas com seus braços jogados sobre meus ombros, eu segurava seus dois pulsos e tentava chegar até o elevador.
- Deus. - reclamei enquanto arrastava ele.
Ninguém no lobe levantou um dedo para me ajudar, nem mesmo a velha que entrou comigo no elevador apertou o meu numero.
Eu até pedi, mas ela ignorou e voltou a falar em espanhol com alguém no celular.
Ok, até parece que alguém iria atender essa velha as três da manhã. E ainda mais, ela era pessima atriz, falando coisas desconectadas e sem noção, como 'tirar o cachorro da arvore' e passar sabão no pão'.
O jeito foi me inclinar pra frente e apertar o botão sozinho. Mas o que aconteceu a seguir foi a melhor parte.
Devido a velha ser baixinha e eu alto, e ainda mais por Lulian já estar em cima da minha coluna, quando me inclinei para frente e soltei o seu braço, o cara se moveu e caiu em cima da senhora.
Ok, caiu quase em cima da senhora.
A mulher soltou um grito horrível, e eu... Bem, eu ri.
Ri muito, mesmo ajudando Lulian, puxando o cara, a mulher continuava a gritar, e quando saiu do elevar, correu que nem um trolho para o seu quarto, falando que iria ligar para a policia e contar tudo para eles.
Que conte.
Terminei de me arrastar com Lulian até o meu quarto e o joguei em cima da minha cama assim que chegamos, joguei ele e fui me limpar, por que depois daquela crise de risada, eu não consegui contar aquele liquido dentro de mim e ele saiu escorrendo entre as minhas calças quase chegando até os sapatos.
Acabei lavando minhas calças ali mesmo no chuveiro e colocando ela para secar, para joga-la depois novamente no cesto de roupas para larvar. 
Quando eu estava bem limpo, cheiroso, quente e menos dolorido, fui para fora do quarto com a toalha amarrada na cintura e tirei a roupa de Lulian, ligando o ar no vinte. Ele estava que nem uma pedra ou um boneco bem gostoso mergulhado na cachaça. Eu tinha noção de que ele nem havia bebido tanto assim, mas mesmo assim, ele cheira a balada.
Eu poderia dar um banho nele, mas do jeito que ele é pesado iria acabar afundando na banheira e morrendo afogado.
Então eu só tirei a roupa dele mesmo, catei uma toalha humedecida e sai limpando as áreas sujas do seu corpo, como o abdômen, o pescoço suado, suas cochas. Bem, até o seu pênis e bunda...
Gente, que pênis é esse meu deus?  Isso entrou dentro de mim?
No escuro da escada, eu não consegui vê-lo, mais aqui eu via, e muito bem, o negocio era enorme, grosso e cabeçudo.
- Monstro. - falei com os olhos arregalados e quase rindo.
Já tinha um apelido para ele de cara.
Cavalo.
Eh ri de novo e virei ele de lado para ele dormir melhor.
Eu tinha uma ideia de que ele não dormia de roupas, mas eu nunca havia visto ou reparado naquela coisa... Meu deus, esse pau não sai da minha cabeça!
Merda.
Estava até excitado, mas achei mais respeitoso me deitar e dormir. Do que ir para o banheiro e bater uma, não sou necrófilo, e o cara estava praticamente morto na minha cama...
Mesmo acreditando que Nandi não viria hoje para o nosso quarto, me deitei ao seu lado e fechei os meus olhos, não sabia como aguentei tanto tempo, mas quando fechei os olhos, o cansaço venceu o meu corpo e eu fui nocauteado.
Posso dizer que eu não sonhei com nada, mas isso não seria totalmente verdade, me lwmbro de sentir as mão de Lulian em volta de mim, o seu corpo colado no meu... Lembro da escada e da dor.
Lembro também do meu corpo estourando em cima do dele, e do seu rosto de satisfação. Mas também lembro de Lulian no canto quase chorando por achar que eu era uma simples alucinação da sua cabeça descoordenada.
Sonhei até mesmo com Marcos me mandando um dedo do meio e dois leões brigando pela comida, o que era estranhamente interligado com Marcos e Lulian...
Meus doces sonhos, meus terríveis pesadelos.

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora