Capitulo 3 Adaptação?

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Meu carro era grande, um land rover, que na verdade era do meu pai. As meninas couberam bem no carro, mas duas brigaram por que queriam ir no banco da frente. E eu não achei isso engraçado, até por que era eu que iria ter que ficar me demorando por la mais um tempo, e a culpa era delas. Mas havia oferecido, então agora não havia mais volta.
- Mas eu quero ir na frente! - exclamou a garota ao qual achava ser Maria.
- Mas fica muito mais bonito uma garota como eu sentada na frente, uai! - gritou uma outra que se negava a sair do banco.
- Mas que merda!
Revirei os olhos enquanto ligava o carro e colocava as luzes interiores em um azul confortável. A musica que saia dos auto falantes, era uma onda eletrônica, ao qual eu curtia muito.
Uma das garotas atrás até pediu para que eu colocasse em sertanejo, mas eu garanti que enquanto eu estivesse no carro, só ouviria o que eu curtisse.
As palavras em inglês já não me confundiam mais, até por que era fluente. Minha mãe insistiu que eu soubesse de tudo um pouco, então me deu aulas de espanhol, italiano e inglês. Até alemão...
Ja as meninas no banco de trás, duvidava que soubessem o que o homem estava falando enquanto gritava implorando por um dunnuts.
Sorri quando as garotas sossegaram e entraram no carro emburradas.
Acelerei o carro pela noite, observando os lugares em que eu passava.
Era tudo tão pequeno, morto, sem estilo. Tudo muito sujo, cheio de botas e chapeis. Muito mato, arvores.
Passei pelo barrinha, um lugar onde se passava uma linha de esgotos totalmente fétida e nojenta, onde o ar sujo entrava pelas minhas narinas agressivamente. Tapei o nariz enquanto ouvia as meninas conversando sobre bobeiras inaceitáveis. Elas tinham dezesseis e somente falavam sobre homens e festas, e não que isso não fosse normal, mas elas falavam sobre sexo e outras coisas, e eu imaginava que era para me impressionar.
Bela merda.
Depois de alguns minutos, consegui estacionar na lanchonete e descer com o combonho de adolescentes precoces penduradas em cada um de meus braços.
Provavelmente devia estar gostando de ter mulheres se esfregando e insinuando para mim, porém, eu meio que nunca gostei muito disso, mulheres promíscuas, e muito menos crianças.
Levei-as até uma das mesas, e me sentei ao lado delas, já que não iria sentar sozinho como o anti-social que sou.
Sentei ao lado das duas garotas que estavam disputando a frente do carro, e Cecilia ficava observando enquanto internamente ela ria da minha desgraça.
Eu era bonito, inteligente, mais velho e muito independente, isso fazia com que muitas das garotas pirassem em mim, ainda mais as de Goiás, acho que queriam algo diferente do que viam todos os dias.
Eu também não sou metido, somente realista.
Á coisas que a gente não consegue esconder ou simplesmente ignorar, pensar que vai ser fácil ou legal se adaptar. Mas a coisa é que, amigos não são fáceis de se arrumar, ainda mais quem vive uma vida inteira em um meio, e acaba se mudando para outro lado tempos após.
- Vai comer o que Hector?
Olhei para minha irmã, saindo de meu devaneio mental.
- Um mix japa.
As garotas fizeram seus pedidos, enquanto eu somente observava calado elas pedindo.

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Pois é, mais uma vez, eu aqui postando. Estava com preguiça de escrever mais cedo, porem soltei ele agora por que sei que a net a essas horas é a melhor.
E ai gente, estão gostando? Comentem ai por favor ^^

Correndo (Romance gay) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora