Capítulo 11

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— Não, espera aí! Me explica isso direito: então quer dizer que agora gosta do seu chefe? Mas até ontem você não odiava ele? — Cat, intrigada ao me ouvir contar uma versão resumida do fim da noite de ontem, me questionou.

— Bem, vamos com calma. Também não disse que morro de amores, né. Ele foi muito gentil e decidi dar um voto de confiança, só isso.

— Sei... — Ela me observou com desconfiança. — Você não tá...

— Não tá o quê?

— Nada. Esquece.

— Catharine!

— Você não está afim do seu chefe não, né?

— O... o quê?! Tá doida, Cat? De onde tirou isso? — Ela ergueu as sobrancelhas. — Ok! Ontem eu tive uma crise de pânico no caminho pra casa, então Dylan me ajudou e ficamos conversando aqui. Só isso!

— Crise de Pânico? — Ela se aproximou e segurou em minhas mãos, preocupada. — Eivy! Por que não me ligou? Há quanto tempo sente essas crises?

Inspirei por um longo tempo e sentei no sofá da minha sala. O tempo frio estava se aproximando. O vento gélido que soprava da janela indicava uma mudança repentina no clima.

— Nunca senti isso antes. — Me aconcheguei em uma das almofadas. — Ontem foi a primeira vez.

— Sinto muito, amiga.

— É estranho, sabe. Foi muito rápido. Quando Dylan freou o carro, foi como se eu tivesse revivendo aquele dia. Como se eu visse o Matheus de novo, com o rosto ensanguentado.

— Não, não pensa nisso. — Cat encostou sua cabeça em meu ombro.

Fiquei em silêncio por alguns instantes. Não queria pensar naquelas coisas, mas percebi que parecia inevitável.

— Eivy?

— Hum?

— Até que vocês fariam um casal bonito.

— Hã?

— Você e o Dylan.

Gargalhei alto.

— Você e sua imaginação de escritora romântica...

Ela me deu um tapinha na perna, sorrindo.

— Tô falando sério. Será que uma história sobre vocês faria sucesso?

— Nem ouse, Catharine!

Nem em meus piores pesadelos imaginaria eu e Dylan Cooper, um homem grosso e arrogante, como casal. Ele é até bonito, charmoso e tem um sorriso lindo..., mas nunca! Jamais! Never!

— Tira essa ideia dessa cabecinha linda. Não vai rolar — determinei.

— Tá, não precisa ficar nervosa.

— Não estou.

— Sei.

Meu celular notificou de repente e levantei, ultrapassando Catharine, para pegá-lo na mesa da cozinha.

Qualquer coisa para acabar aquele assunto.

Para minha total e inesperada surpresa, a mensagem era de Dylan. Uma pequena tensão se instalou em meu corpo. Abri depressa para acabar com minha curiosidade.

Dylan: Olá, Louise. Como está?

A Minha Vez, Eivy - Livro 2 CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora