Fora do livro - Epílogo

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Adrian olhou para seus filhos que o olhavam com atenção. Suas três cópias fiéis, como sempre quis. Lauren, Jake e Elsa. Ambos tinham os cabelos da mãe, castanho avermelhado com cachos nas pontas. Os olhos escuros, a pele clara e o grande sorriso com certeza, eram do pai.

Marley e Adrian se casaram logo após a faculdade, um ano e meio depois Lauren nasceu causando alegria nos pais, mais um ano e veio Jake, a mais nova Elsa nasceu depois de sete meses. Foi uma bagunça no início, deixando o escritor maluco em casa quando sua esposa saia para trabalhar.

— Essa é a parte que vocês fecham os olhos e dormem — sussurrou o homen depois que fechou o livro.

Os três sorriram preguiçosos e mesmo tendo perguntas sobre a história que o pai acabara de ler, se remexeram até dormirem. Cooper saiu do quarto, desligou a luz e fechou a porta.  Era natal e a família estava reunida na casa onde acontera o primeiro beijo.

Descendo as escadas, encontrou sua esposa conversando com Marco e com Amy, a nova namorada. O gêmeo de Marley não era muito bom com relacionamentos mas, finalmente, parecia ter encontrado alguém.

— Crianças desmaiadas? — Marco perguntou.

— Sim.

— Então, acho que também vou. Você vem? — perguntou estendendo a mão para a morena que desejou boa noite enquanto era arrastado pelo namorado.

A casa sofreu uma reforma e novos quartos surgiram.

Adrian olhou ao redor da cozinha e uma onda nostálgica passou em suas veias, principalmente quando Marley desceu do balcão com um salto. Era incrível como suas mãos suavam perto dela. Segurando o rosto da mulher da sua vida, ele a beijou sentindo o gosto de balas de chocolate em sua boca.

Os dois se arrastaram até o quarto onde se deitaram na cama em meio a risos e sussurros.

— Acho que estou vendo um cabelo branco — Adrian arregalou os olhos para a esposa que riu enquanto mexia nos cabelos do marido.

— Não brinque com uma coisa dessa — sorriu, puxando-a para seus braços.

— Você ficará lindo grisalho — brincou.

Adrian revirou os olhos, pegou os pulsos dela dando-lhe um beijo em suas cicatrizes. Cicatrizes que nunca voltaram a sangrar e que nunca voltarão. Os beijos subiram dos pulsos, passando pelos braços, ombros, nuca, queixo e enfim, lábios.

O beijo era sempre apaixonante. Sempre arrepiava. Sempre fazia o coração acelerar.

Ela riu quando os lábios dele encontraram um ponto sensível de seu maxilar. Os olhos se encontraram, brilhantes.

Eles se amavam que o amor mal cabia no peito.

— Te vejo no futuro?

Riram com a fala dele, aquela frase virou algo íntimo, como uma piada interna que só os dois entendiam.

— Nos vemos no futuro.

Te vejo no futuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora