- Pai eu estou com saudades de brincar com você - Sofia diz enquanto entrega um dos comprimidos a Han Seo a mando de Vincenzo.
A garotinha confere o homem várias vezes para ter certeza que tudo está no lugar. Ele sorri e então se senta na cama para mostrar que está bem.
- Vamos brincar em breve querida. - ele diz brincando com seus cabelos.
- Sabe pai Han as vezes quando estou triste e penso no meu papai que se foi eu penso que ele também está com saudades de mim. - ela fala com a voz fraca.
- Seu pai com certeza sente a sua falta, mas ele está orgulhoso de ver a menininha dele crescer. - Ele beija a testa dela.
- Eu sempre digo para ele que não precisa se preocupar comigo, eu digo que agora tenho dois pais o Pai Vin e o Pai Han e que eles me amam muito. Peço que ele seja paciente e me espere pois um dia vou ver ele de novo. - ela fala e agora Han Seo pode ver a garotinha chorar.
- Você quer ver uma coisa incrível - Han Seo sugere
- O que ? - ela pergunta inocente.
- Vou mostrar a você que seus pais te amam tanto quanto você ama eles. - ele fala sorridente se levantando calmamente da cama.
Sofia aperta as mãos de seu pai com força e ambos caminham pelo longo corredor. Agora eles estão de frente para uma sala oval onde tem um pequeno templo. É ali que a família Cassano faz suas preces, suas homenagens e prestam respeito a quem se foi.
Sofia não entende a princípio o motivo de seu pai a levar ali. Mas logo a garota reconhece um homem de terno preto de joelhos no chão. Vincenzo está concentrado olhando para as imagens de seus ancestrais os membros da família Cassano que já se foram.
Seus olhos estão fixos na imagem de sua irmã de cabelos cacheados sorrindo para a foto. Ela parecia despreocupada naquela imagem. Enquanto fitava a imagem de Kiara podia ver que ele estava dizendo algo. Então Han Seo e Sofia se aproximaram um pouco mais.
O homem estava tão focado que não os viu em nenhum momento. Mas agora duas palavras podiam ser ouvidas.
-... A Sofia continua perguntando se o Han Seo vai melhorar logo. Dá para ver que ela tem um pai favorito. Se você estivesse aqui zombaria o fato da minha filha gostar mais do meu namorado. Mas sei que vocês duas se dariam muito bem. Eu não sou o cara certo para ser pai. Eu tento melhorar sabe, ainda falta muito mas a Sofia me torna uma pessoa melhor quero ser melhor por ela. Quero ser a pessoa que ela vai recorrer quando precisar. Eu não sabia que me apegaria tanto a ela. Acho que o Alberto sabia assim que olhou pra mim como uma intuição de que eu faria tudo por essa menina. E me tornei esse cara, o pai que faria de tudo pela filha...
Sofia correu até Vincenzo o abraçando com força. Os dois se apertam em um abraço quente e amoroso. Han Seo da porta apenas sorri ao ver suas duas pessoas favoritas se abraçando com tanta força.
- Eu te amo papai. - ela diz contra o peito do mais velho.
- Eu também te amo...- Vincenzo estava com receio de dizer a palavra a seguir mas após respirar fundo criou coragem. - minha filha.
***
- Os guardas são todos militares homens altamente treinados, a casa dos Mathadore é uma fortaleza quase impenetrável. Nos muros tem torres de ambos os lados com guardas vigiando com atiradores. Se formos notados seremos baleados rapidamente.
- Eles são bons em tudo - Dora observa após ouvir o relatório de Riquelme.
- Vai ser difícil atacar eles sem ter muitas baixas. Precisamos pensar nisso com muito cuidado ou poderemos perder as pessoas que amamos - Natália avisa.
Os três estavam sentados na mesa refletindo e pesquisando sobre o que fazer com essa família que precisa ser erradicada. Duas famílias mafiosas estão prestes a se enfrentar e tudo precisa ser calculado.
- E se causassemos uma distração que desse a entender que invadimos a casa e fingirmos que levamos algo de lá quando na verdade nem entramos se fizermos eles acreditarem que podemos entrar isso vai deixar eles desesperados para proteger melhor a casa o que vai gerar descuidos pois tudo feito as pressas... - Riquelme explica empolgado.
- Eles vai acabar querendo ter mais homens e podemos infiltrar alguns nossos na casa. Se o ataque começar de dentro temos mais chances. - Dora conclui
- Sem contar nas informações que poderíamos receber desses infiltrados.- Madame Natália pontua.
- Finalmente uma luz no fim do túnel. Agora é torcer para que Brutus Mathadore ainda esteja nos subestimando. - Dora.
***
Mansão Mathadore...
A maioria dos membros dormiam, mas Brutus estava acordado observando os dados que seus homens colhiam dos Cassanos. Mais cedo ele teve que enterrar seu filho amado Mauro, e ele nunca deixaria aquilo barato.
Os olhos do homem observavam enquanto os homens mexiam em seus computadores sem parar. Da sua carteira tirou a foto de seu filho mais uma vez e após olhar por um tempo saiu dali.
Brutus estava determinado a destruir a família Cassano. Exterminar todos os membros dessa família se tornou uma questão de honra. Afinal eles haviam levado mais de um dos seus membros e familiares valiosos.
Brutus temia Pedro seu filho mais velho afinal ele era seu filho de sangue e carne mas o garoto não tinha alma. Os sentimentos de seu filho eram hostis e ele matou seus irmãos.
Brutus na verdade se sentia agradecido por aquele monstro ter desaparecido de sua vida. Mesmo assim era uma questão de honra não deixar os Mathadore parecerem fracos.
Enquanto tomava uma xícara de chá calmamente um estrondo alto como de uma bomba veio de fora. Homens correram de todas as regiões para averiguar o que havia acontecido.
Brutus levantou imediatamente e pediu para que alguém lhe contasse o que aconteceu.
- Senhor um barulho alto de uma bomba sendo explodido aqui perto foi ouvido pode ser apenas uma distração ou real estamos investigando.
Através de um drone minúsculo Emanuel jogou outra bomba agora dentro do quintal dos Mathadore. Eram bombas de som e seu principal objetivo era deixar os homens atordoados.
E funcionou agora que o som veio de dentro da casa não havia dúvidas de que os Cassanos haviam invadido o local. Mas como ?
- As câmeras de seguravam não detectaram ninguém passar pelo portão. Apenas essa luz no centro do jardim senhor.
- Investiguem se não foi um dos nossos homens quem estão brincando conosco.
Tri...tri...tri...
O telefone de Brutus toca de repente. O homem nota um número não identificado na tela. E após um tempo percebendo que não ia parar de tocar o homem atende.
- Senhor Brutus Mathadore - A voz de Vincenzo no outro lado do telefone é simpática. - Essa é sua última chance de parar com essa brincadeira de gato e rato.
- SÓ VOU PARAR QUANDO TODA A SUA FAMÍLIA ESTIVER MORTA!!
- Então é a sua família quem vai morrer. - as palavras de Vincenzo agora são sérias. - Procure na sua casa e descubra o que está faltando. Cuidado com quem você brinca.
O homem começou a correr pela casa procurando qualquer coisa fora do lugar. Até que abriu a porta de seu quarto e seu travesseiro estava rasgado e sem o conteúdo interior. No lugar do preenchimento haviam pedras sujas de sangue. O coração do homem acelerou como caralhos aquilo aconteceu?
Os dias da família Mathadore estão contados meus amigos.
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Família por Acidente
FanfictionA vida deles ficou aos estilhaços mas e se esses fragmentos juntos puderem formar alguma coisa melhor do que tinha antes?? Uma família vai além dos laços de sangue!! E eles vão mostrar isso!